Sócrates foi um filósofo grego que viveu em Atenas no Século IV a.C. e ficou conhecido por ter a noção de sua ignorância. Ele costumava a dizer a frase: "Só sei que nada sei", para expressar que o conhecimento era algo ao qual deveria se buscado de forma continuada.
Na atualidade vivemos em um mundo com um avançado conhecimento das ciências naturais, o que nos possibilita ter acesso a tecnologias avançadas que respondem a muitas questões e nos auxiliam em diversos setores de nossa vida cotidiana.
Mas estamos longe de saber de tudo. O Universo é uma fronteira da qual estamos longe de ultrapassar.
Uma noção bem clara do nosso desconhecimento é que sabemos que há mais Universo do que podemos observar com toda a nossa tecnologia. Essa parte que conseguimos ver chamamos de Universo Observável.
Significa que há uma parte do Universo que sequer podemos ver, que é inobservável. E isso assusta, ao mesmo tempo que instiga.
Assusta porque, além de termos uma parte do Cosmo que sequer conhecemos, ela ainda está ficando distante de nós.
Como o físico Edwin Hubble [1889-1953] descobriu, o Universo se expande e hoje temos a velocidade de 70 km/ segundo por megasperc (Brian Schimidt - Nobel de Física 2011).
Isso pode significar que boa parte deste conhecimento escondido ficará fora de nosso alcance para sempre.
Mesmo o que se conhece do Universo Observável é pouco, se comparado ao que se desconhece.
Apenas desta parte do Cosmo é 5% de matéria conhecida. 25% é constituído pela chamada "Matéria Escura" da qual os cientistas sabem muito pouco ou quase nada.
Os outros 70% são de "Energia Escura", da qual os cientistas sabem menos ainda.
Essa é a parte boa, pois ainda temos 95% de Universo Observável para estudar quase que a partir do zero e isto é um campo muito amplo para ser explorado nos próximos anos pelas ciências, pela arte e pela filosofia.
Araújo Neto