sábado, 29 de janeiro de 2022

O QUE É VIDA E QUAL A SUA ORIGEM

A partir das considerações que tratamos na última postagem, é interessante que busquemos traçar uma rota para buscarmos entender a origem da vida no Universo. 





Já lembramos que a física, a astronomia e a cosmologia não são nosso objeto de estudo, mas que apresentar alguns conceitos aplicados e debatidos nessas áreas é de vital importância para apresentar nossa teoria filosófica. 

Também não é nossa especialidade a biologia e a química, muito menos a xenobiologia ou a paleontologia. Mas a apresentação de alguns conceitos concernentes a estas disciplinas, ainda que de forma extremamente superficial é de suma importância para o andamento da nossa explanação. 

Considerando assim as teorias sobre o surgimento do Universo, qual seria então a teoria sobre o surgimento da vida?

Sabemos que no Planeta Terra existe vida. Mas será que ela é comum a outros pontos do Universo? Ou será uma dádiva exclusiva de um pequeno e ermo planeta azul e cheio de água?

Antes de entrarmos no debate sobre a possibilidade de vida no fora da Terra e de como ela surgiu em nosso planeta, precisamos definir ou entender a definição do que é vida. 

Afinal, não podemos tratar de analisar a existência ou não de algo sobre o qual não sabemos, ou que não sabemos o que é, de fato.

Uma definição que caracteriza a vida de um modo geral se relaciona com a capacidade de um organismo biologicamente organizado que realiza processos sinalização e comunicação celular e possui autossuficiência. 

Outra questão que envolve a vida está relacionada a sua capacidade de reprodução e também o fato de que suas funções cessem, em determinado momento, o que representa a morte do ser vivo. 

Na Terra, os biólogos consideram a existência de duas macro classificações: a vida não-celular(no caso dos vírus e dos viroides) e a celular (que abrange todo o resto conhecido no planeta, entre animais, plantas, bactérias etc).

Há poucas décadas, os cientistas acreditavam que existiam lugares em que nenhum ser vivo conseguiria viver e prosperar. Mas hoje já se tem conhecimento de extremofilos, seres que vivem em condições ambientais e químicas nas quais a maioria dos seres vivos conhecidos não resistiriam. 

Além deles, conhecemos hoje os tardigrados ou tardigradas, que são microscópicas criaturas capazes de resistir ao inóspito ambiente do espaço sideral. 

Outra informação relevante é que cerca de 800 milhões de vírus por metro quadrado caem dos céus todos os dias. Eles seriam levados por vapores dos mares ou tempestades de areias. E, apesar de ser um agente patógeno, no geral, ele é visto como um importante modulador da evolução das espécies.

Mas qual seria a origem da vida?

Acredita-se prioritariamente, hoje, que moléculas orgânicas se juntaram durante a formação do planeta Terra e assim deram origem aos elementos primordiais para a formação da vida. 

Dessa maneira, os cientistas atualmente correlacionam o conceito de vida com moléculas de carbono e água. Mas isso pode não ser exatamente assim, ou limitar-se a apenas isso, em todo o Universo. 

Eventos como a colisão do planeta conhecido como Thea, que teria sido absorvido para o núcleo da Terra e que este núcleo metálico que proporcionou a formação de um campo magnético que protege o planeta da radiação cósmica também foram preponderantes para o progresso da vida no planeta. 

Na próxima postagem, abordaremos a questão da panspermia, o conceito no qual acreditamos ter originado a vida, não só na Terra, mas em muitos outros pontos do Universo.


Araújo Neto


sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

O CENTRO DO UNIVERSO [O BURACO BRANCO]

Teoria mais aceita no meio científico acerca da formação original do Universo é a do Big Bang (ou Big-Bangue, ou Grande Expansão). 



De acordo com essa teoria, o Universo teria se formado em um dado momento no tempo em que toda a massa do Universo estava concentrada em um ponto bem menor do que ocupa hoje e muito mais quente. 

Esta alta densidade e temperatura provocaram uma espécie de separação e distanciamento da matéria e, a partir de então,  o Universo começou a se expandir e ao mesmo tempo a esfriar e este processo continua ativo, na atualidade. 

Embora a Teoria do Big Bang não conceba a existência de um lugar específico de onde teria partido toda a matéria do Universo, a tendência lógica adotada pelo pensamento humano em geral considera que exista um ponto central no Universo. 

Partindo do princípio que haja de fato um centro  no Universo, este poderia ser uma espécie de "Buraco Branco", um inverso do Buraco Negro. Um Buraco Negro é um ponto no espaço-tempo cuja gravidade é gigantesca e atrai para o seu centro qualquer objeto que se aproxime de sua órbita. 

Já o Buraco Branco apresentaria características inversas, ou seja, esse ponto no espaço-tempo não poderia ser acessado por nada que viesse de fora dele, porém ele emanaria luz, energia, matéria e informação, de dentro dele. 

Essa noção de Buraco Branco é hipotética. Até o presente momento em que escrevo esta postagem, não tenho informações de sua comprovação científica. Porém é um conceito plausível, especialmente se considerarmos a teoria da Grande Expansão, como verdadeira.

Dessa forma, haveria um pedaço, um ponto, um lugar de onde emanaria matéria e energia para abastecer todo o Universo. 

Considerando ainda a homogeneidade e a isotropia do Universo, ou seja, ele se expande em todas as direções de modo homogêneo, é plausível imaginar que haja um ponto, em algum lugar dele de onde a energia flua para as demais áreas. 

Dessa maneira, é perfeitamente lógico e aceitável que, embora não o tenhamos descoberto, haja um centro do Universo, de onde tudo o que o compõe tenha sido gerado e é possível imaginar que esta geração continue até hoje. 

É importante lembrar que astrofísica e cosmologia não são nosso interesse principal e que esta explanação serve apenas para introduzir o conceito que pretendermos abordar nesta séria. 

OBS: por motivo de erro nosso, ficamos sem a postagem da semana passada. Por isso enviaremos uma extra, neste sábado! 

Araújo Neto! 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Onde está o Centro do Universo

Como tudo surgiu? De onde viemos? De onde veio o universo? 



Os cientistas têm tentado responder a essa pergunta criando teorias cosmológicas complexas, as quais tentam comprovar por meio de cálculos matemáticos que poucas pessoas conseguem compreender. 

De outra forma, os religiosos encerram a discussão respondendo de forma simplista que Deus criou tudo o que existe.

Mas nenhumas dessas resposta é satisfatoriamente definitiva. A explicação religiosa tenta limitar as origens do Universo em uma Entidade absoluta, frente à qual não existiria questionamentos. 

De outro modo, os cientistas correm atrás do próprio rabo adiando a resposta sobre o início de tudo, criando teorias que geram a busca por novas respostas, sempre adiando a resposta definitiva. 

Mas será que existe essa resposta definitiva?

Talvez! 

Particularmente, eu não acredito na dissociação necessária entre a ciência e a religião. A ciência busca explicações racionais, empíricas e lógicas, com base na realidade sensível e na aplicação da lógica abstrata, para explicar a natureza. 

A religião, por sua vez, não tem tanto interesse em explicar a natureza. Sua função é aproximar o ser humano material, mortal e limitado, com o divino, suas origens metafísicas além da sua capacidade de compreensão. 



Desta forma, não vejo antagonismo algum entre as visões, porque a finalidade dos saberes é diferente. Mesmo que se trate de uma religião aplicada à realidade material, pela qual entidades se manifestem e interajam com os humanos. 

A finalidade da religião em si não é explicar a natureza, mas levar o homem a se integrar espiritual e filosoficamente ao seu criador, às suas origens metafísicas (ou não). A explicação da natureza física e material cabe aos estudiosos das ciências naturais.

Em geral, esses cientistas não tratam ou consideram a existência de uma ou várias entidades supra humanas, que possam ser criadoras do Universo, do Mundo ou da humanidade, sejam espíritos, deuses ou entidades alienígenas. 

Entretanto, conforme as ciências físicas e cósmicas avançam e novas descobertas aparecem, podemos tirar outras conclusões e mesmo questionar se é possível verificarmos a existência material de uma entidade criadora, ou mesmo uma entidade racional superpoderosa em torno da qual o Universo gire. 

O filósofo grego Aristóteles, que viveu entre 384 e 322 definiu como "o pensamento ativo, perfeito, imutável, imóvel, a fonte do bem e a causa indireta e passiva de todo o movimento do Universo". O curioso é que o filósofo não via esta entidade como consciente e ativo, mas como a força motriz que movia todo o Universo e em torno do qual tudo girava.

Para ele, esse Deus seria uma substância, a primeira do Universo que gerou todas as coisas. Assim, seria a causa primeira da natureza. 

Embora Aristóteles tenha feito algumas observações que comprovadamente não correspondem à realidade, como o terraplanismo, a teoria aristotélica de Deus pode ser bem aproximada à ciência física e cosmológica atual. 

Existe uma crença que tudo no Universo esteja em movimento, e o movimento circular seja uma constante, principalmente se tratando de gravidade. A Terra gira em torno do Sol, assim como a Lua gira em torno da Terra. E esses movimentos circulatórias teriam criado a forma universal arredondada dos corpos celestes. 

Entretanto, conforme Tess Jaffe, astrofísico da Universidade de Maryland e cientista assistente da Goddard Space, da NASA relatou, as pesquisas indicam que o Universo com um todo não está girando, apesar de que os corpos celestes individualmente que estão em uma órbita regular giram. 

Embora o Universo tenha um padrão consistente, os corpos que nele se encontram estão em constante movimento, na maioria das vezes, este movimento é circular. 

Dessa forma imaginar que haja um centro fixo no Universo ao redor do qual todos os demais se movimentam e de onde flua a energia do cosmo não é nenhum absurdo! 

Continua

Araújo Neto

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

SEMANÁRIO 2022 - O QUE ESPERAR?

 A partir de agora, o Semanário do Pensamento vai entrar em nova fase! Aqui, no Blog vamos experimentar expor algumas visões filosóficas próprias, ao invés de falar de outros autores. 



Essa parte, a da crítica, da resenha sobre a história da filosofia e dos principais autores será exposta no nosso canal do Youtube, cujo link você tem aqui: 

https://www.youtube.com/results?search_query=seman%C3%A1rio+do+pensamento


A primeira ideia a ser explicitada é acerca da constituição da existência, do cosmo e da Entidade Criadora do Universo. 

A principal abordagem é sobre como isso pode ser materialmente apresentado. 

Será que a existência de Deus, ou de um Demiurgo é estritamente espiritual ou será que há margem para uma interpretação lógica e científica para um fenômeno metafísico desta magnitude?

Obviamente, não temos a intensão de criar uma "verdade" ou impor essa ideia como a teoria correta ou predominante. Mas não é por isso que deixaremos de apresentar esta opção para o pensamento e para reflexão.


Posteriormente, ao fim desta séria, apresentaremos algumas questões sobre política e a formação da sociedade, aproveitando o ano eleitoral e a extrema polarização política que acomete o Brasil, atualmente. 

É evidente que vemos essa polarização como uma questão forçada e adotada pelas mentes mais pueris e frágeis, que são a maioria do nosso povo! 

Caso sobre tempo, espaço, energia e motivação terminaremos a temporada tratando de matemática, da física e das ciências em geral! 

Muito obrigado por estar conosco! 

Fique ligado e se mantenha pensante!