sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Onde está o Centro do Universo

Como tudo surgiu? De onde viemos? De onde veio o universo? 



Os cientistas têm tentado responder a essa pergunta criando teorias cosmológicas complexas, as quais tentam comprovar por meio de cálculos matemáticos que poucas pessoas conseguem compreender. 

De outra forma, os religiosos encerram a discussão respondendo de forma simplista que Deus criou tudo o que existe.

Mas nenhumas dessas resposta é satisfatoriamente definitiva. A explicação religiosa tenta limitar as origens do Universo em uma Entidade absoluta, frente à qual não existiria questionamentos. 

De outro modo, os cientistas correm atrás do próprio rabo adiando a resposta sobre o início de tudo, criando teorias que geram a busca por novas respostas, sempre adiando a resposta definitiva. 

Mas será que existe essa resposta definitiva?

Talvez! 

Particularmente, eu não acredito na dissociação necessária entre a ciência e a religião. A ciência busca explicações racionais, empíricas e lógicas, com base na realidade sensível e na aplicação da lógica abstrata, para explicar a natureza. 

A religião, por sua vez, não tem tanto interesse em explicar a natureza. Sua função é aproximar o ser humano material, mortal e limitado, com o divino, suas origens metafísicas além da sua capacidade de compreensão. 



Desta forma, não vejo antagonismo algum entre as visões, porque a finalidade dos saberes é diferente. Mesmo que se trate de uma religião aplicada à realidade material, pela qual entidades se manifestem e interajam com os humanos. 

A finalidade da religião em si não é explicar a natureza, mas levar o homem a se integrar espiritual e filosoficamente ao seu criador, às suas origens metafísicas (ou não). A explicação da natureza física e material cabe aos estudiosos das ciências naturais.

Em geral, esses cientistas não tratam ou consideram a existência de uma ou várias entidades supra humanas, que possam ser criadoras do Universo, do Mundo ou da humanidade, sejam espíritos, deuses ou entidades alienígenas. 

Entretanto, conforme as ciências físicas e cósmicas avançam e novas descobertas aparecem, podemos tirar outras conclusões e mesmo questionar se é possível verificarmos a existência material de uma entidade criadora, ou mesmo uma entidade racional superpoderosa em torno da qual o Universo gire. 

O filósofo grego Aristóteles, que viveu entre 384 e 322 definiu como "o pensamento ativo, perfeito, imutável, imóvel, a fonte do bem e a causa indireta e passiva de todo o movimento do Universo". O curioso é que o filósofo não via esta entidade como consciente e ativo, mas como a força motriz que movia todo o Universo e em torno do qual tudo girava.

Para ele, esse Deus seria uma substância, a primeira do Universo que gerou todas as coisas. Assim, seria a causa primeira da natureza. 

Embora Aristóteles tenha feito algumas observações que comprovadamente não correspondem à realidade, como o terraplanismo, a teoria aristotélica de Deus pode ser bem aproximada à ciência física e cosmológica atual. 

Existe uma crença que tudo no Universo esteja em movimento, e o movimento circular seja uma constante, principalmente se tratando de gravidade. A Terra gira em torno do Sol, assim como a Lua gira em torno da Terra. E esses movimentos circulatórias teriam criado a forma universal arredondada dos corpos celestes. 

Entretanto, conforme Tess Jaffe, astrofísico da Universidade de Maryland e cientista assistente da Goddard Space, da NASA relatou, as pesquisas indicam que o Universo com um todo não está girando, apesar de que os corpos celestes individualmente que estão em uma órbita regular giram. 

Embora o Universo tenha um padrão consistente, os corpos que nele se encontram estão em constante movimento, na maioria das vezes, este movimento é circular. 

Dessa forma imaginar que haja um centro fixo no Universo ao redor do qual todos os demais se movimentam e de onde flua a energia do cosmo não é nenhum absurdo! 

Continua

Araújo Neto

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