Nascido François-Marie Arouet em 21 de novembro de 1694, em
Paris, França,Voltaire foi poeta, romancista, teatrólogo, historiador,
contista, filósofo e membro da Academia Francesa. Apesar de ter sido aluno do
colégio de Clermont, dirigido por padres jesuítas, o pensador francês foi um
ferrenho crítico da religião de seu tempo por toda a sua vida, especialmente em
se tratando de seus antigos professores.
Ao sair do colégio tentou se enveredar pelos caminhos da
magistratura, mas sua carreira de fato, começou mesmo na prisão. Em 1717, foi
acusado de produzir um folheto composto de versos com cunho político e foi
parar na Bastilha, a tradicional prisão francesa
No cárcere, começou a escrever suas obras que o tornariam
célebre. Depois da sua segunda passagem pela prisão, foi forçado a se exilar na
Inglaterra, onde escreveu suas Cartas Filosóficas, ou Cartas da Inglaterra.
Polêmico, como de costume, Voltaire se exilou dentro do
próprio exílio. Em um castelo, passou a dedicar-se ao estudo e à escrita.
Muitas de suas obras foram escritas ali.
Em 1749 pôde voltar a Paris, já consagrado e reconhecido
como um dos grandes filósofos da Europa. Fez parte junto a outros grandes
pensadores como Rousseau e Diderot do grupo que produziu a famosa e, claro,
polêmica Enciclopédia, que pretendia-se tornar uma referência completa para o
estudo das ciências naturais reunindo todo o conhecimento filosófico e
científico daquele tempo.
Viveu também em Berlim, para onde se transferiu por
solicitação de Frederico II, da Prússia. Mas se desentendeu com este também e
de lá partiu.Também andou por Genebra, mas conseguiu ser odiado por católicos e
protestantes da região e teve de fugir, novamente.
Em 1758, arrumou uma propriedade na região de Gex, na
França, onde viveu até seus últimos dias. Em 1778, faleceu. Um ano depois,
aconteceu a Revolução Francesa, movimento que sofreu muita influência do
pensamento e da obra de Voltaire.Suas principais obras são Cândido ou O
Otimismo; Zadig ou O Destino; Tratado Sobre a Tolerância; Dicionário Filosófico
e A Princesa da Babilônia.
O pensador gostava e escrever romances. Neles, costuma usar
personagens em histórias distantes do contexto social para fazer severas
críticas à sociedade, à política e à religião de seu tempo. Iluminista,
Voltaire tinha como principais antagonistas figuras religiosas, políticas e até
outros filósofos, dos quais discordava. Mesmo usando contos ficcionais, sempre
criou desavenças com essas personalidades proeminentes, colecionando detenções,
confinamentos e exílios, por toda a sua vida.
Sua obra, porém, é de importância inestimável. Foi influente
nas revoluções liberais que começaram no século XVIII, na Europa e nas
Américas. Defendia, notadamente as liberdades individuais, a igualdade entre os
homens e o direito à educação. Seus escritos têm um forte caráter laico,
secular e anticlerical.
O escritor francês é referência quando se trata do
Iluminismo e do período pré-revolucionário em seu país. Seus livros são um
misto de crítica, ironia, sarcasmo e incitação política, com boa dose de humor
cuja contribuição para o pensamento moderno e contemporâneo é incontestável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário