Mas no campo da disciplina que conhecemos como filosofia, que fundamentou suas bases a partir dos pensadores helênicos que iniciaram suas elucubrações por volta do século VI a.C. temos que considerar um diferenciação acentuada no entendimento do termo.
O que chamamos de filosofia, no sentido disciplinar, refere-se ao pensamento crítico-racional e fora de fato iniciado na Grécia, provavelmente por Tales, em Mileto.
Essa disciplina busca explicações racionais e empíricas, baseadas na realidade sensível e na razão, sem a recorrência a mitos e explicações sobrenaturais.
Esta é a grande diferença, o pulo do gato, em relação às filosofias orientais, africanas e ameríndias. O foco na razão e no mundo sensível, para gerar as explicações.
Isso não significa ateísmo, uma vez que as explicações racionais se dão a despeito da existência ou não de deuses ou entidades sobre-humanas.
Vemos que, mesmo os filósofos associados à uma igreja, como os católicos medievais, buscam explicações racionais e bases filosóficas para questões de fé, o que é o diferencial da disciplina em questão.
O outro aspecto que advém do primeiro é o uso do caráter crítico do pensamento, se afastando dos dogmas e valorizando a contestação, ao contrário do que as teorias filosóficas calcadas em instituições religiosas preconiza.
Dessa maneira fica fácil percebermos a diferença do sentido do termo, quando se trata de forma genérica e quando se trata da disciplina especificamente.
Nesta o carácter crítico e a liberdade para raciocinar superam os dogmas, enquanto naquela o dogma sobressai sobre qualquer outro caráter.
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