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sexta-feira, 4 de junho de 2021

As diferenças entre o Utilitarismo e a Ética do Dever.

O utilitarismo é uma corrente de pensamento que prega a máxima de que uma ação é boa à medida em que promovem a felicidade e más quando trazem infelicidade, ao maior número de pessoas possível.



O pensamento utilitarista é regido pelo princípio do bem-estar máximo, que pode ser resumido na frase: “Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar”.

Mais do que apenas uma linha de pensamento, o Utilitarismo foi aplicado à questões concretas, como na política, na economia, nas legislações e foi importante na disseminação de ideias sobre a liberdade sexual e emancipação feminina, no século XIX.

É uma teoria consequencialista, ou seja, as ações propostas devem ter como norte uma finalidade, que será o resultado futuro da ação presente. Em suma, o Utilitarismo é uma moral eudemonista, que busca a felicidade de modo pleno, seja individual ou coletivamente.

Essa teoria tem como base princípios fundamentais como o conceito de bem-estar, a otimização ou a maximização deste conceito, assim como a agregação, a imparcialidade e o universalismo e o racionalismo.

No tocante à agregação, esta pode ser compreendida como o “saldo” final do cálculo da quantidade de bem-estar produzida por uma ação.

Dessa forma, a moral utilitarista é um resultado de um calculo e não baseada em princípios, influenciando decisivamente o pragmatismo, muito abordado na atualidade.

O Utilitarismo acabou sendo muito influente na filosofia do direito penal, uma vez que criticou a pena punitiva que se encerrava no sujeito punido e propunha que as penas produzissem consequências positivas, para toda a sociedade.

Os principais teóricos dessa matéria foram Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill(1806-1873), considerados os criadores do pensamento. O filósofo liberal David Hume, é considerado um dos precursores do Utilitarismo. A doutrina contou também com a adesão de Jean-Baptiste Say, Condillac , Henry Sidgwick e Willian Godwin, considerado um dos criadores do anarquismo.


Os críticos do Utilitarismo afirmam que a teoria, por ser excessivamente racional, acabou por limitar o individuo a uma unidade autossuficiente, desprezando tanto as relações interdependentes entre eles e as questões acerca dos seus sentimentos.

A incerteza sobre as reais consequências de um ato e a infinitude da cadeia derivada dessas atitudes foram outras questões ignoradas, na elaboração dessa teoria, segundo seus opositores.

As críticas ao utilitarismo também se formam na base conceitual da ética kantiana, que é fundamentada no dever, visto pelo filósofo iluminista alemão Immanuel Kant (1724-1804), como o princípio supremo da moralidade.

Kant desenvolveu sua teoria a partir de um conceito chamado de Imperativo Categórico. Este seria uma lei moral interior ao indivíduo, baseada apenas na razão humana e não possui nenhuma ligação com causas sobrenaturais, supersticiosas ou relacionadas a uma autoridade do Estado ou religiosa.

Esse Imperativo está baseado em três princípios:


1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza.

2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio.

3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

Dessa forma, a deontologia kantiana se opõe firmemente à tradição teleológica da ética e, consequentemente aos padrões do utilitarismo.

A ética é uma disciplina que trata da moral e estuda os valores e princípios de um indivíduo ou de um grupo social. Também pode ser vista como conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.

Dessa forma, tanto a deontologia utilitarista, quanto à kantiana podem ser consideradas valores éticos, do ponto de vista filosófico

E você, o que acha sobre a ética?

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Araújo Neto