Olá!
Estamos dando início ao nosso canal no Youtube! Para começar com o pé direito, vamos lançar a partir da primeira semana de agosto uma série de vídeos sobre a Filosofia Antiga, em especial a Filosofia Grega.
Toda semana, até dezembro, lançaremos um vídeo abordando um tema relacionado à filosofia clássica, da Antiga Grécia e arredores.
A série terá um total de 20 episódios e será aberta a todos os usuário da rede social de compartilhamentos de vídeos mais famosa da internet.
Aguardamos a sua presença!
Em breve, mandaremos o link
SE
MANTENHA PENSANTE!
segunda-feira, 27 de julho de 2020
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Quem foi Voltaire
Nascido François-Marie Arouet em 21 de novembro de 1694, em
Paris, França,Voltaire foi poeta, romancista, teatrólogo, historiador,
contista, filósofo e membro da Academia Francesa. Apesar de ter sido aluno do
colégio de Clermont, dirigido por padres jesuítas, o pensador francês foi um
ferrenho crítico da religião de seu tempo por toda a sua vida, especialmente em
se tratando de seus antigos professores.
Ao sair do colégio tentou se enveredar pelos caminhos da
magistratura, mas sua carreira de fato, começou mesmo na prisão. Em 1717, foi
acusado de produzir um folheto composto de versos com cunho político e foi
parar na Bastilha, a tradicional prisão francesa
No cárcere, começou a escrever suas obras que o tornariam
célebre. Depois da sua segunda passagem pela prisão, foi forçado a se exilar na
Inglaterra, onde escreveu suas Cartas Filosóficas, ou Cartas da Inglaterra.
Polêmico, como de costume, Voltaire se exilou dentro do
próprio exílio. Em um castelo, passou a dedicar-se ao estudo e à escrita.
Muitas de suas obras foram escritas ali.
Em 1749 pôde voltar a Paris, já consagrado e reconhecido
como um dos grandes filósofos da Europa. Fez parte junto a outros grandes
pensadores como Rousseau e Diderot do grupo que produziu a famosa e, claro,
polêmica Enciclopédia, que pretendia-se tornar uma referência completa para o
estudo das ciências naturais reunindo todo o conhecimento filosófico e
científico daquele tempo.
Viveu também em Berlim, para onde se transferiu por
solicitação de Frederico II, da Prússia. Mas se desentendeu com este também e
de lá partiu.Também andou por Genebra, mas conseguiu ser odiado por católicos e
protestantes da região e teve de fugir, novamente.
Em 1758, arrumou uma propriedade na região de Gex, na
França, onde viveu até seus últimos dias. Em 1778, faleceu. Um ano depois,
aconteceu a Revolução Francesa, movimento que sofreu muita influência do
pensamento e da obra de Voltaire.Suas principais obras são Cândido ou O
Otimismo; Zadig ou O Destino; Tratado Sobre a Tolerância; Dicionário Filosófico
e A Princesa da Babilônia.
O pensador gostava e escrever romances. Neles, costuma usar
personagens em histórias distantes do contexto social para fazer severas
críticas à sociedade, à política e à religião de seu tempo. Iluminista,
Voltaire tinha como principais antagonistas figuras religiosas, políticas e até
outros filósofos, dos quais discordava. Mesmo usando contos ficcionais, sempre
criou desavenças com essas personalidades proeminentes, colecionando detenções,
confinamentos e exílios, por toda a sua vida.
Sua obra, porém, é de importância inestimável. Foi influente
nas revoluções liberais que começaram no século XVIII, na Europa e nas
Américas. Defendia, notadamente as liberdades individuais, a igualdade entre os
homens e o direito à educação. Seus escritos têm um forte caráter laico,
secular e anticlerical.
O escritor francês é referência quando se trata do
Iluminismo e do período pré-revolucionário em seu país. Seus livros são um
misto de crítica, ironia, sarcasmo e incitação política, com boa dose de humor
cuja contribuição para o pensamento moderno e contemporâneo é incontestável.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Teocontratualismo No Judaísmo Mosaico
O contratualismo surgiu
no pensamento ocidental por volta do séc XVII. O primeiro a colocar em pauta
esta teoria foi Thomas Hobbes. Em sua obra “O Leviatã” de 1651, Hobbes afirma
que o homem vivia em um estado primitivo, o qual chamou de “Estado de Natureza”.
Nessa condição,
as vontades individuais sem freios mantinham os seres humanos em constante
estado de tensão e de ‘guerra’ de uns contra os outros. Para garantir a subsistência
da espécie, os homens abriram mão da plena liberdade individual, se sujeitando
a um poder central, chamado de Estado. Este teria toda a força sobre a
sociedade, para garantir a ordem.
Continuando a
tradição, porém vendo sob outro aspecto, Locke coloca que o Estado é fruto da
confiança e do consentimento entre os homens. O aparato Estatal não é mais um
opressor, mas um administrador das relações inter-humanas.
Para completar a
tríade que serve de pilar para a teoria contratualista moderna, aparece
Rousseau. O filósofo francês questiona a vida em sociedade sem liberdade e
acredita que os homens se unem por um interesse comum. Para ele, o homem nasce
bom, porém a vida em sociedade o corrompe.
E o que têm os 3
filósofos a ver com Moisés?
A história
começa muito antes, com Abraão. Este era já muito idoso e não tinha filhos.
Deus o chama e promete que da aliança entre ambos vai se desenvolver um povo,
uma Nação na qual nascerá o Filho Unigênito do criador.
Está firmado o primeiro
contrato social, sob a égide divina! Não entre uma comunidade e seus membros,
mas entre o Criador e um homem fiel, que será herdado por toda a sua
descendência. A confirmação e estruturação completa deste contrato acontece
muitos anos mais tarde.
Quando Moisés
lidera os hebreus para a liberdade fugindo da escravidão no Egito, o Contrato
Sagrado é resgatado. Não sem antes o povo retornar ao Estado de Natureza.
Gozando de plena
liberdade em sua caminhada rumo à Terra Prometida, o povo judeu se encontrava em
completa anarquia. Todos os problemas eram levados ao patriarca libertador.
Impossibilitado de resolver todas as pendências entre os libertos, Moisés pediu
ajuda divina!
Deus enviou ao profeta
um conjunto de Leis às quais todos do povo deveriam seguir indistintamente. A
função dessas leis era, em primeiro lugar, louvar o Todo Poderoso. Mas também
existiam para manter a ordem, a fim de que o povo chegasse ao fim da jornada.
Essa história é
muito conhecida em nossa cultura, que herda boa parte das tradições judaicas.
Mas o importante é que analisemos um exemplo clássico de como o homem pôde se
encontrar em estado de natureza. Advindo dele, celebra um acordo que cria um aparato
virtual com um objetivo claro de gerar ordem e bem-estar geral.
Este exemplo
ilustra a visão de Locke sobre o Estado de Natureza. Para o filósofo, este
estado não era um momento histórico específico e poderia ser atingido a
qualquer momento por um motivo ou outro, contrariando a visão de Hobbes, que
cria ser apenas um momento histórico ao qual não se poderia voltar.
Por vontade
divina ou por acordo livre, expresso ou tácito entre os homens, a teoria
contratualista continua válida. Sua importância é grande tanto para o Príncipe
que quer saber como governar, quanto para o povo que deseja ser bem governado.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
A Inexorável Pendência Acerca do Entendimento Definitivo do Real
O que é a realidade? O que existe e o que não existe? O real
é explicado a partir de elementos presentes no mundo sensível, como acreditavam
os filósofos Pré-Socráticos? Ou seria um reflexo de um mundo perfeito ao qual
temos acesso somente às suas impressões, semelhante ao mundo das idéias de
Platão? Ou quem sabe ainda, não temos nenhuma possibilidade de acesso ao que é
de fato real e somente podemos nos ater ao que nossos sentidos podem captar e,
a partir disso criar uma noção de realidade sobre o que é provável
racionalmente e não o que É de fato?
Essas reflexões não são novas. Mas são muito atuais.
A humanidade discute esse tema desde os primeiros filósofos
na antiga Grécia. Hoje, em um mundo permeado de realidade virtual, esse debate
ganha contornos mais práticos. Jogos de realidade alternativa e reality shows
aguçam ainda mais esse debate.
Um jovem que cria um avatar em um jogo online em um ambiente
virtual e depois de avançar diversos níveis com a personagem o vende para outro
jogador por dinheiro real (ou crédito) é algo comum hoje! Mas seria este
procedimento real?
O real é só material ou algo que não pudesse ser percebido
pelos sentidos humano também poderia receber esta denominação? Se for possível, então uma imaginação poderia
ser algo real, na medida em que é algo sensível a uma pessoa, embora seja uma
experiência que não possa ser compartilhada? Logo, uma alucinação poderia ser
qualificada como algo verdadeiro? Ou só poderíamos assim qualificar coisas que
possam ser compartilhadas entre várias pessoas, ou seja, que diversos
produtores de sentidos possam captar?
Mas se for assim, seria irreal um alto nível de raciocínio
ao qual os seres humano normais não teriam acesso? Mas o pensamento não seria
algo que de fato existe, como propôs o filósofo francês, René Descartes? Se sei
que existo porque penso, logo o pensamento deve existir, tendo em vista que é
ele quem me faz existir e ter consciência disto.
Mas se só eu penso, pode ser este pensamento alucinação?
Então meu pensamento deve ser compartilhado pelos outros que pensam e, logo,
também existem? Ou será que esses outros são frutos do meu pensamento que creio
que exista, mas cria coisa que não existem! Então essas coisas que não existem
fazem com que meu pensamento também inexista ou meu pensamento existente cria
coisas e, por este existir, essas coisas vêm para o campo do que existe?
Ou podemos crer que existe o real e o irreal? Mas se é
irreal, na prática, não é inexistente? A imaginação, a fábula, a literatura, o
cinema, tratam de que? Coisas que existem em imaginação ou que não existem? Se
não existem como podemos percebê-las? Então nosso cérebro nos engana? Então não
poderia estar nos enganando acerca de nossos pensamentos, logo estes não
existem também?
Se para o corpo o real é o que pode ser sentido, para a
mente é o que pode ser pensado. Seria
para o grupo, o que pode ser compartilhado sensorialmente? Dessa forma não
estaria um grupo de mentes, submetidos ao seu grupo de corpos? Então quem
define o que é real, o corpo, a mente ou o grupo?
Então, o que é realidade...?
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Os Sábios que não creem na Verdade!!!
Há cerca de 2.500 anos atrás, no século V a.C., uma cidade se destacava no centro da planície Ática, às margens do Mar Egeu. Sua cultura urbana e cosmopolita era baseada na democracia e na participação de todos os cidadãos (homens adultos e livres) nas decisões política. Seu nome era Atenas, em homenagem à deusa da sabedoria da antiga mitologia grega.
Mas não foi a mitologia que direcionou a cidade ao eu esplendor cultural e a sua importância histórica. Ao contrário, foi a razão.
Naquele período, o povo grego passava por um período de conflitos e mudanças significativas que acabariam por impactar, não somente a sua própria história, como também em toda a civilização ocidental. Dividida em Cidades-Estado, que tinham formas de organização política, leis e economias próprias, a Grécia começava a desenvolver o pensamento crítico em confronto ao pensamento mítico.
Esse desenvolvimento foi possível pelas transformações que algumas das principais Cidades-Estados passaram. Monarquias e tiranias baseadas na força e no direito divino vinham sendo substituídas por uma forma mais igualitária e participativa de organização sócio-política, chamada Democracia.
Com a implantação desta organização a capacidade discursiva, a oratória e o conhecimento ganharam força e se sobrepuseram a direitos inatos e à força bélica, ao menos internamente a esses Estados. O poder do convencimento sobrepujou o poder da espada. Nesse contexto, surgiu uma nova classe: Os Filósofos. E posteriormente uma importante subclasse: Os Sofistas.
Mestres do discurso e da oratória, os Sofistas marchavam pela Grécia, geralmente vendendo seu conhecimento e preparando grandes estadistas para os embates nas Assembleias de Cidadãos, nas cidades em que a democracia imperava.
Muitas vezes são vistos como enganadores, especialmente hoje, uma vez que os conhecemos principalmente devido a citações de seus adversários mais famosos (como Platão e Aristóteles) uma vez que poucos escritos dos próprios sofistas permaneceram. Mas o termo sofista deriva da palavra sábio. Mestres da retórica, nãos constituíram uma escola de penamento em si, como monistas ou eleatas. Em geral acreditavam que a explicação do real poderia ser dada apenas por meio de fenômenos percebidos sensorialmente. A realidade é mutável e o que é provável se torna mais importante do que seria de fato verdadeiro, dado que a verdade é praticamente inalcançável aos sentidos humanos.
"O homem é a medida de todas as coisas" - frase célebre do filósofo Protágoras, conhecido como o sofista mais importante. Esta afirmação é comumente considerada como a melhor síntese para o penamento atribuído aos sofistas. Apesar de uma forma de pensar que pôde-se analisar padronizadamente, a principal função deste grupo foi ensinar retórica e oratória aos cidadãos que pudessem lhes pagar.
Os sofistas tiveram grande importância no desenvolvimento da poética e da gramática, devido ao rigor vocabular e ao estudo da linguagem e da tradição cultural do seu povo.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
Para que serve a Filosofia!
"É coisa de maluco"! "Tem que
usar tóxico para falar disso"! "Não serve para nada"! É normal
ouvirmos frases como estas quando o assunto é filosofia. Vista como
exageradamente abstrata e transcendente, a disciplina é tida pelo senso comum
como algo pouco útil e exclusivo de pessoas com muito tempo livre. Entretanto,
a história da filosofia aponta que sua importância é muito maior do que a
maioria das pessoas costuma atribuir.
Atualmente vivemos em um mundo no qual a tecnologia é
essencial ao nosso dia a dia. Não saímos mais de casa sem levarmos nossos
smarphones. Nos sentimos isolados do mundo se ficamos um dia sem WhatsApp e não
imaginamos como podemos trabalhar sem acesso ao e-mail.
"E o que tem a ver"?
Bem, muito provavelmente, não teríamos acesso a toda essa
tecnologia hoje, se ontem o pensamento filosófico não tivesse se desenvolvido.
A filosofia surge na Grécia por volta do século VI a.C.. A diferença entre a
verão grega e outras formas de pensar ais quais também costumamos chamar de
filosofia é a utilização do pensamento crítico, da desmistificação da natureza,
produzindo ciência de fato.
De acordo com Aristóteles em Metafísica Livro 1, Tales de
Mileto foi o primeiro a buscar uma explicação estritamente racional para o
mundo. Essa forma de penar rompia com o o pensamento mítico, que buscava
explicações para a realidade no sobrenatural e no mistério. Já o pensamento
filosófico-científico que surgia tentava encontrar uma explicação para a o
mundo dentro da realidade sensorial, perceptível ou inteligível, de forma
racional e sem recorrer ao inexplicável para explicar.
A primeira motivação desses inovadores filósofos foi buscar
uma explicação para o mundo natural, como ele surgiu e em que consistia a
matéria. Ao enveredarem por esta busca, abriram assim caminho para o
entendimento e o conhecimento da realidade natural e puderam desenvolver a
ciência de forma livre. Mas foram muito além disso.
Tales, por exemplo, era um exímio observador
dos céus, sendo um grande astrônomo em seu tempo. Era muito criticado por seus
contemporâneos por ser pobre. Mas usando seus conhecimentos sobre os astros e
seu seno crítico, conseguiu prever uma grande safra de azeitonas, com um ano de
antecedência. Tratou de comprar e alugar barato tantas prensas de azeitonas o
quanto pôde e, quando veio a época de colheita, as alugou por preço alto,
mudando sua condição social. Tornou-se rico.
Sobre este feito, Aristóteles concluiu a
seguinte afirmação: “É fácil aos filósofos enriquecer se o desejarem, mas não é
isso o que lhes interessa”!
Uma ciência que estuda como saber. Podemos dar
esta definição à Filosofia, uma disciplina que busca refletir sobre as questões
essenciais do mundo, da realidade, da formação das coisas materiais e
imateriais, da ética, da moral, da sociedade em si, da linguagem, do agir, etc,
através da lógica e da razão, sem recorrer ao mito e ao sobrenatural e
inexplicável.
O mundo que vivemos hoje é resultado do que
vivemos no passado. E o futuro está sendo construído agora. E os meios estão
dentro de nossas mentes. Reflitamos!
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Questões para debate:
Revoluções em ditadura fundamentalistas teriam relação com crises em países imperialistas?
Qual a confiabilidade de uma justiça que prende por anos e depois declara inocência do preso? A mesma justiça que prende em um dia e manda soltar no outro por falta de provas? Então teria essa “justiça” prendido inocentes nos dois casos? Imaginem se houvesse nesse lugar pena de morte!
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