Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta semana, estaremos falando um pouco sobre Pitágoras e o Neo Pitagorismo
Agora, vamos ao que interessa:
“A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da
hipotenusa”! Quem concluiu o ensino médio certamente já ouviu essa
expressão. Ela representa a relação
entre os lados de um triângulo retângulo, ou seja, o triângulo que tem um
ângulo interno reto, de 90º.
A hipotenusa é o maior lado do triângulo, enquanto temos os
catetos adjacente, aquele que está junto ao ângulo de referência e oposto.
Para provar que o triângulo é verdadeiramente retângulo,
suas proporções devem obedecer ao teorema e apresentar a fórmula: a²=b²+c²,
onde “a” é a hipotenusa enquanto “b” e “c” são os catetos.
O mais famoso triângulo reto é formado pelos números 3, 4 e
5. Nota-se a sua simplicidade aritmética.
Esta fórmula é universalmente conhecida como o “Teorema de
Pitágoras”. Este teorema foi base para a geometria desenvolvida na antiga
Grécia e que foi fundamental para o desenvolvimento da arquitetura e da
engenharia que hoje se apresentam tão evoluídas.
Pitágoras era um pensador, filósofo, matemático e geômetra
originário da ilha de Samos, na Grécia. É considerado um filósofo Pré-Socrático
fundador da Escola Pitagórica.
Pouco se sabe sobre a vida do filósofo, dado que a maior parte
do que chegou até nós sobre ele foi escrita bem após a sua morte. Porém é
conhecido que fora aluno da alta profetisa do templo de Delfos Temistocléia,
que era também filósofa e matemática.
Talvez esta tenha sido a maior influência para a concepção
pitagórica, que não se limitava ao pensamento e à matemática, mas era uma
escola iniciática semireligiosa.
Apesar de nascido em Samos, na Jônia e ser considerado como
um pensador Jônico, Pitágoras fundou sua escola de fato em Crotona, na Itália,
para onde migrou por volta do ano 530 a.C., sendo assim um representante da
passagem do pensamento jônico para a escola italiana.
Antes ele viajara pela Grécia e pelo Egito, o que faz com
que muitos estudiosos e intérpretes acreditem que o matemático tenha sido influenciado
pelo pensamento egípcio, no qual a matemática já era muito presente.
Como parte do movimento pré-socrático, o pensamento
pitagórico considera a existência de um elemento primordial. Obviamente, este
elemento não poderia ser outro, senão o número.
Essa concepção reflete-se no Tetractys, o “grupo dos
quatro”, que consiste nos quatro primeiros algarismos (1,2,3,4) que somados
formam o número dez (10) e podem ser dispostos formando um triângulo perfeito.
Assim simbolizariam a relação perfeita.
Mas além do número e das proporções esta escola também
defende a existência da imortalidade e da transmigração da alma.
O Pitagorismo representa uma longa tradição na
Antiguidade. Existiu por volta de dez
séculos na antiga Grécia e persistiu no período Helenista através dos
Neopitagóricos.
Os pitagóricos foram tão importantes para o desenvolvimento
da matemática, que o próprio termo teria surgido a partir deles. Mathematikós,
em grego antigo.
Na concepção destes pensadores, a matemática seria um
sistema de pensamento feito em bases dedutíveis, ou mais poeticamente, o
alfabeto no qual os deuses teriam usado para escrever o Universo.
Para eles, o número é a essência de todas as coisas, ao
ponto que Filolau, um conhecido pitagórico chegou a afirmar que “Todas as
coisas que podemos conhecer contêm números”.
A harmonia era considerada um conceito fundamental, pela
escola. Dessa forma, ela também influenciou o desenvolvimento da música, desde
aquele tempo. Assim, a teoria musical
fora incluída, na Antiguidade como uma disciplina matemática.
Esta concepção representa a busca por uma harmonia cósmica
na qual todas as coisas se encontram de certa forma relacionadas e
equilibradas.
Quando Pitágoras iniciou sua escola, os tiranos da antiga
Grécia incentivavam e estimulavam o surgimento e crescimento de cultos
religiosos, para garantir a continuidade de seu poder. Talvez esta tenha sido a
principal influência para o misticismo associado a sua escola.
Criam seus discípulos, tal qual o professor, na teoria
conhecida como Harmonia das Esferas. Esta afirma que, no universo, estrelas e
planetas se movem de ac ordo com equações matemáticas que corresponderiam a
notas musicais e isto era coordenado pelos deuses.
Na prática da escola, os alunos eram obrigados a fazer um
voto, pelo qual se comprometiam a observar a prática religiosa e de ascese, que
consiste na busca do desenvolvimento espiritual, abrindo mão de prazeres
mundanos.
Assim, eles também viviam como em mosteiros e todos os bens
eram comuns a todos os membros, de acordo com a frase atribuída ao fundador da
escola: “Todas as coisas em comum, entre amigos”!
Outro voto era solicitado aos membros da escola: o silêncio.
Os discípulos eram orientados a fazer o voto para não revelar os símbolos, como
eram chamados os ensinamentos de Pitágoras, aos não-alunos.
Acredita-se, que eram também defensores do vegetarianismo e
que o próprio fundador da escola seria um crítico da crueldade para com animais
e, por isso, não os teriam como parte de sua alimentação.
Por fim, Pitágoras influenciou não só uma legião de
filósofos, pensadores e matemáticos gregos, como foi fundamental para o
desenvolvimento de grandes nomes da filosofia como Aristóteles e Platão, assim
como foi citado por nomes como Copérnico, Dante Alighieri, Mozart, Jonh Dee,
Einstein, Shakespeare entre outros.
Sua sociedade serviu de modelo para a constituição da
sociedade maçon e a Rosa-Cruz usa seu símbolo.
Enfim, Pitágoras e seus seguidores foram fundamentais para o
desenvolvimento das ciências e das artes que chegaram até os nossos dias.
Se hoje temos gigantes arranha-céus devemos agradecer a
matemáticos e pensadores como Pitágoras e seus seguidores, que se dedicaram ao
estudo dos números e puderam desenvolver tanto a geometria, a física, a
matemática, a engenharia e a arquitetura.
Na próxima semana, falaremos um pouco sobre o Estoicismo.
Obrigado! SE MANTENHA PENSANTE! Valeu!