Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta
semana, estaremos falando um pouco mais sobre o filósofo Aristóteles, um dos
mais influentes de todos os tempos.
O Corpus Aristotelicum, que nada mais é do que o conjunto de
obras de Aristóteles foi fundamental para a difusão e o desenvolvimento da
filosofia grega e da ciência, na Antiguidade.
A filosofia aristotélica constitui-se de uma visão integrada
do saber que é subdividido em áreas específicas.
Em sua filosofia altamente sistemática, Aristóteles divide o
conhecimento em três parte: o Teórico, o Prático e o Produtivo.
O Saber Teórico é dividido em:
Ciência Geral, ou como o filósofo o chamou de Filosofia
Primeira, depois de Metafísica e, por fim de Ontologia é a ciência do Ser. Este é uma abstração e concentra as
características genéricas da realidade. Na Ciência Geral, inclui também a
teologia, a matemática e os números.
Especialistas consideram que a metafísica pode ser dividida
em quatro sentidos. A Arqueologia ou Etiologia que busca as causas e os
primeiros princípios; A Ontologia, que trata da discussão do Ser; O conceito de
Substância, que é a base do ser; e a Teologia, que seria a ciência do Ser
Perfeito.
O Saber Teórico também abarca a Ciência Natural, que se
divide em Física e Astronomia; Ciências da Vida ou Biológicas; e a Psicologia,
o estudo do Ser vivo, sensível e inteligente.
Já a segunda parte do sistema é o Saber Prático, que trata
da Ética e da Política. A função do Saber prático é criar normas e critérios
para uma ação correta e eficaz. Aristóteles estuda a Ética a Virtude, a
excelência, que tema função de nos levar a alcançar o grau mais elevado do bem
e a felicidade, que consiste na atividade da alma humana.
Para ele, a Virtude está na justa medida entre a falta e o excesso. A excelência seria assim agir de forma moderada e prudente, sem ter mais ou menos do que é preciso para se agir. Como exemplo, citou a coragem, que não é nem a ausência de medo (temeridade) nem o seu excesso (covardia), mas sim um exato ponto de equilíbrio entre ambos.
Por fim Aristóteles trata do Saber Produtivo, que abrange os
estudos da estética, das artes produtivas e criativas.
Aristóteles abordou também o tema da Lógica, que não fez
parte da divisão inicial, proposta por ele. Segundo o filósofo, a Lógica seria
um saber instrumental, usado como método e não como uma ciência específica, uma
vez que essa metodologia (a Lógica) seria usada em todas as ciências para se
buscar o entendimento.
Em suma, Aristóteles valoriza o Saber Empírico (obtido pela
observação) e a Ciência Natural, assim como questões metodológicas, como a
Lógica. Por fim também defendia que a felicidade é o bem mais desejado pelo
homem e é a finalidade de todas as ações humanas.
Algumas das principais obras de Aristóteles são:
"Sobre a Interpretação",
"Categorias",
"Analíticos",
"Tópicos",
"Elencos Sofísticos",
"Metafísica", "Sobre o Céu",
"Sobre os Meteoros", "Lições de Física" ,
"Ética a Nicômano",
"Ética a Eudemo",
"Política",
"Constituição Ateniense",
"Retórica" e
"Poética".
Algumas de suas frases mais famosas foram:
"Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de
loucura."
"O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre
tudo o que diz."
"Nosso caráter é o resultado da nossa conduta."
"Valor final da vida depende mais da consciência e do
poder de contemplação, que da mera sobrevivência."
“O homem é, por natureza, um animal político.”
“O menor desvio inicial da verdade multiplica-se ao infinito
na medida em que avança.”
No próximo vídeo, falaremos um pouco sobre o Período
Helenista, na história da Filosofia.
Obrigado por nos assistir! SE MANTENHA PENSANTE! Valeu!
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