Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta
semana, estaremos falando um pouco sobre o filósofo Aristóteles, um dos mais
influentes de todos os tempos.
Nascido em Estágira (hoje Stravó), na Macedônia e filho de um médico da corte do rei Amintas II, Aristóteles se transferiu para Atenas aos 18 anos, para estudar e se tornou membro da Academia de Platão, de que acabou sendo discípulo por cerca de 19 anos.
Certa vez, Platão teria dito: "Minha Academia se compõe de
duas partes: o corpo dos estudantes e o cérebro de Aristóteles”
Porém, com a morte do mestre, Aristóteles rompeu com o
pensamento de Platão, especialmente com a Teoria das Ideias e desenvolveu um amplo
e complexo sistema filosófico, que o levou a se tornar um dos mais importantes
pensadores de todos os tempos.
Em 335 a.C., ele fundou a sua escola, chamada de Liceu.
Aristóteles ministrava suas aulas caminhando com seus discípulos, dando origem
à escola peripatética (Peripatos significa caminho).
O grande filósofo acabou por redefinir o que é a filosofia,
em seu sentido amplo, através da criação de um sistema filosófico próprio,
partindo da crítica tanto dos filósofos Pré-Socráticos, quanto do seu mestre
Platão.
Seus escritos abrangem diversos assuntos como: a física, a metafísica,
as leis da poesia e do drama, a música,
a lógica,
a retórica,
o governo,
a ética,
a biologia,
a linguística, a economia e
a zoologia.
Em 343 a.C. torna-se tutor de Alexandre da Macedônia, que
viria a ser conhecido como Alexandre O Grande (Ou Alexandre Magno), de quem foi
conselheiro.
Segundo muitos estudiosos, Aristóteles iniciou o período
Sistemático, na filosofia, substituindo o período Antropológico (Socrático) que
existiu depois do período Cosmológico (Pré-Socrático).
A filosofia de Aristóteles abrange a natureza de Deus (Metafísica),
do homem (Ética) e do Estado (Política).
O principal ponto da crítica de Aristóteles a Platão se
concentra na rejeição do dualismo representado pela teoria das ideias, conforme
apresentou em seu escrito “Metafísica”.
O Ser
Aristóteles parte do princípio que existe uma substância
individual, considerado o indivíduo material concreto.
Os indivíduos, por sua vez são constituídos por matéria e
forma, sendo a primeira o princípio da individuação e a segunda a forma como a
matéria se organiza em cada indivíduo.
Encontramos ainda, em Metafísica, três definições adicionais
que resultam na elaboração da teoria aristotélica.
1 – Essência e acidente.
Essência é aquilo que faz a coisa ser o que ela é, enquanto
os acidentes são as características variáveis que apresentam mudanças, sem que
a coisa perca as características essenciais que a define enquanto o que ela é.
Por exemplo: Uma flor é constituída essencialmente por
caule, pétalas, folhas e pólen, mas se uma flor tem 4 pétalas e outra tem 3, o
que é chamado de acidente.
2 – Necessidade e contingência
Necessário é aquilo que é como é e não pode deixar de ser
dessa forma, enquanto contingência seriam as características específicas de
alguma coisa, que não lhe tiram a essência.
Estas definições têm relação direta aos conceitos de
Essência e Acidente.
Por exemplo: Um
satélite é necessariamente um corpo celeste que orbita um planeta. Seu tamanho,
cor e constituição são contingenciais.
3 – Ato e Potência
Uma coisa pode ser uma ou múltipla. Trata da capacidade de
transformação natural das coisas.
Por exemplo: uma semente é, em ato semente, mas contém, em
potência a árvore. Assim como a árvore é árvore em ato e lenha em potência.
Aristóteles trata também da questão da causalidade e
introduz a Teoria das Quatro Causas:
1 – Causa Formal: Trata-se da forma ou modelo, que faz com
que a coisa seja o que é. É a resposta da questão: O que é x:
2 - Causa material: É o elemento constituinte da coisa, a
matéria e que é feita. Responde à questão: de que é feito x?
3 – Causa eficiente: Consiste na fonte primária da mudança,
o agente da transformação da coisa. Responde à questão: por que x é x?, ou o
que fez com que x viesse a ser x?
4 – Causa Final: Trata-se do objetivo, da finalidade da
coisa. Responde à questão: para que x?
Na visão de Aristóteles tudo tem uma finalidade. O filósofo
é extremamente teológico.
Em Metafísica ele aborda a questão de Deus, com sendo o
motor do universo, a causa primeira de todas as coisas. Assim, Deus é o
investigador de todo o pensamento, primeiro e último Motor do Mundo.
Deus não pode ser resultado de alguma ação, não pode ser
escravo de amo algum.
No próximo vídeo, falaremos um pouco mais sobre Aristóteles, seu sistema e a finalidade da existência humana, segundo ele.
Obrigado por nos acessar! SE MANTENHA PENSANTE! Valeu!
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