sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Como Platão influenciou a filosofia ocidental

 

Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta semana, estaremos falando um pouco mais sobre o filósofo Platão, um dos mais influentes de todos os tempos.

Na última semana falamos um pouco sobre Platão, um dos pilares da filosofia ocidental. 



Todas as obras de Platão que eram conhecidas na antiguidade foram preservadas, com exceção da palestra sobre o Bem, a partir da qual houve um pós-escrito de Aristóteles, que se encontra perdido.

Há também obras que foram distribuídas sob o nome de Platão, mas possivelmente ou definitivamente não são genuínas; apesar disso, elas também pertencem ao Corpus Platonicum (o conjunto das obras tradicionalmente atribuídas a Platão), mesmo com sua falsidade sendo reconhecida ainda nos tempos antigos.

Um total de 47 obras são reconhecidas por terem sido escritas por Platão ou das quais ele foi tomado como autor. Dentre elas, as mais importantes são provavelmente a “ República” e a “Apologia de Sócrates”. Também podemos considerar “Crítias, ou a Atlântida” como muito referenciada na contemporaneidade.

Para o pensador grego, a filosofia não deveria se bastar apenas pelo seu caráter reflexivo, mas deveria buscar a ação para transformar o mundo. E essa ideia não ficou no discurso.

Platão fundou em 387 a.C. a Academia, que seria sua escola de pensamento. A academia platônica assemelhava-se a uma congregação religiosa, consagrada a Apolo e às musas.

Platão afirmava a existência de uma verdade suprema: as ideias das formas ideais, eternas, imutáveis e incorruptíveis, das quais se origina o mundo sensível, tal como o percebemos, e que é sujeito ao devir, à corrupção e à morte.

Com esse projeto filósofo influenciou o surgimento de uma importante corrente de pensamento, o Platonismo. Este consiste na afirmação da existência de objetos abstratos, que se assevera existirem em um terceiro reino distinto tanto do mundo externo sensível quanto do mundo interno da consciência.

A filosofia plantonista consiste na ideia de abstração e se utiliza da dialética para buscar o conhecimento.

Essa doutrina vai influenciar também o surgimento da escolástica, um método de aprendizado e pensamento crítico ocidental que teve origem nas escolas monásticas cristãs e fora muito utilizado nos idos do ensinamento católico, durante boa parte da Idade Média.

O método consiste na busca da conciliação da Fé Cristã com o Pensamento Racional e a Filosofia Grega, considerado um método Aristotélico-Platônico.

Platão é também referenciado pela citação do continente perdido de Atlântida (que em grego significaria “a Filha de Atlas”), uma lenda muito conhecida desde a antiguidade, que o autor cita nos diálogos “Timeu” e “Crítias”.

A ilha seria uma potência naval que conquistara parte da Europa ocidental e o noroeste da África cerca de 9.600 anos a.C.. Ela ficaria além das Colunas de Hércules (estreito de Gibraltar), no Oceano Atlântico.

Para muitos, Platão teria inventado a história, baseada em eventos antigos como a erupção de Thera ou a guerra de Troia, enquanto outros insistem que ele teve inspiração em acontecimentos contemporâneos, como a destruição de Helique em 373 a.C. ou a fracassada invasão ateniense da Sicília em 415 a.C. – 413 a.C..

Porém, nos tempos atuais, muitos investigadores buscam pistas da existência da ilha, baseados em correlações com mitos de outras partes do mundo, como do Antigo Egito, dos povos ameríndios e das teorias sobre antigos astronautas.

Seja uma versão de Utopia da antiguidade ou um relato histórico, a Atlântida é uma lenda que tem sido muito influente tanto nas ideias, quanto na literatura e no cinema contemporâneo.

Platão também fora mestre de um outro filósofo tão ou até mais importante do que ele próprio: Aristóteles.

Na próxima semana, falaremos um pouco sobre Aristóteles, suas obras mais importantes e as mais controversas.



Obrigado por nos assistir! SE MANTENHA PENSANTE! Valeu!

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