SEMANÁRIO DO PENSAMENTO
Retrospectiva da Filosofia Grega Antiga
Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta
semana, estaremos fazendo uma Retrospectiva da Filosofia Grega
Antiga.
Chegamos ao vigésimo e último vídeo da série sobre a
Filosofia Grega Antiga. Agora vamos lembrar da sequência cronológica dos
principais pensadores da antiguidade Grega.
1 – O surgimento do pensamento crítico:
Por volta do século VI a.C., mercadores do Mediterrâneo
oriundos de Mileto começam a usar o pensamento crítico e racional para explicar
o mundo e abandonam gradativamente o pensamento mítico e os dogmas religiosos.
Segundo Aristóteles, o iniciador desse movimento teria sido
Tales de Mileto, considerado o primeiro filósofo da Grécia. Ele fora também um
dos sete sábios da Grécia antiga, junto com Bias de Priena, Pítaco de Mitilene,
Sólon de Atenas, Cleóbulos de Lindos, Periandro de Corinto e Quílon de
Lacedemonia
2 – Os Filósofos Pré-Socráticos:
A iniciativa de Tales gera uma onda de reflexões críticas
posteriores. Muitos pensadores vão surgindo, aderindo ao pensamento crítico e
abandonando as explicações míticas. Os primeiros filósofos buscavam uma
explicação para o mundo natural e a realidade sensível.
Era comum que partissem do princípio do elemento primordial,
um elemento que teria sido a base para o surgimento de todas as coisas existentes
no Universo.
A partir de então surgem diferentes escolas com diferentes
explicações e diferentes elementos primordiais, como:
A escola Jônica, fundada por Tales que se caracteriza pelo
interesse pela natureza. Fizeram parte dessa linhagem Xenófanes de Colofon e
Heráclito de Éfeso.
A escola Italiana, dividida entre a Escola Pitagórica, de
Pitágoras e a Escola Eleática, de Parmênides e Zenão.
A segunda fase dos pré-socráticos nos apresentou Anaxágoras,
Empédocles e a Escola Atomista, de Leucipo e Demócrito, ambos de Abdera.
O período pré-socrático foi marcado tanto pelo atomismo,
quanto pelo embate entre o Monismo, capitaneado por Parmênides que dizia que
tudo era imutável e o Mobilismo, defendido por Heráclito que defendia a
continuidade do movimento e que tudo era mutável e constantemente se
modificava.
3 – Os Sofistas:
Com a passagem da oligarquia para a democracia surgiu e se
popularizou uma corrente de pensamento que, não se caracterizava enquanto uma
escola, mas que teve vários representantes: Os Sofistas.
Estes eram mestres da retórica e usavam seus conhecimentos
da língua e suas habilidades discursivas para adquirir muito poder e riqueza,
numa sociedade em que o debate e o discurso eram importantíssimos.
Eles não acreditavam na verdade, ou que a verdade não era
alcançável ao ser humano.
4 – Sócrates:
Pelas suas crenças e condutas, os Sofistas encontraram um
ferrenho adversário: Sócrates. No Século V a.C., o filosofo ateniense enveredou
vários embates marcantes contra seus adversários. Alguns deles forma
imortalizados por seus discípulos Platão e Xenofonte, que escreveram seus
diálogos.
Sócrates defendia a virtude e a ética e acabou condenado
pela elite ateniense e pelos sofistas por “corromper” a juventude e por negar
os deuses reconhecidos pelo Estado ateniense.
5 – Platão:
Extremamente contrariado com a condenação de seu mestre,
Platão iniciou a escrever seus diálogos logo após a execução de Sócrates, que
se deu em 399 a.C. Platão se tornou um dos maiores e mais influentes pensadores
de todos os tempos.
Além de aluno de Sócrates, seguiu também a Escola Pitagórica
e foi mestre de Aristóteles.
Suas ideias mais conhecidas são sobre o inatismo e o mundo
das ideias e sobre uma sociedade ideal e utópica descrita em “A República”, seu
livro mais famoso.
Começou retratando os diálogos socráticos com fidedignidade
e depois passou a usar Sócrates como personagem que vociferava as ideias do
próprio Platão.
Fundou a Academia e foi influente para o pensamento
monástico medieval e é referência até os dias atuais.
6 – Aristóteles:
Discípulo de Platão e conselheiro de Alexandre, o Grande,
Aristóteles foi um dos filósofos mais atuante e influentes da história.
Escreveu sobre muitos assuntos, do quais se destacaram a Política e a
Metafísica.
Defendia que o conhecimento surgia da experiência empírica,
baseada na observação dos objetos e da natureza para a concepção das ideias.
Fundou o Liceu, escola que teve muitos adeptos na Grécia
antiga.
7 – O Período Helenista
Quando Alexandre o Grande marchou pelo Mediterrâneo tornou
grande o Império helênico, o mundo grego se ampliou. Em consequência várias
escolas acabam surgindo ou crescendo em um período relativamente curto.
Além dos seguidores de Platão e Aristóteles, os Pitagóricos
também ganharam relevância, nesse período, com sua Geometria Sagrada e, assim
ajudaram a desenvolver a engenharia.
Já os Estoicos dividiam a filosofia em Física, Lógica e
Ética. Defendem que para atingir a plenitude da felicidade, é preciso se
afastar das paixões terrenas, das contrariedades e do desassossego.
Através da prática da apatia, da ataraxia, uma postura
impassível, do indivíduo que nada espera e nada teme, acreditavam que se
chegaria à virtude plena.
Além deles, os Epicuristas também buscavam a plena
felicidade, unindo os dois estados: aponia e ataraxia.
Epicuro afirmava que para ser feliz, o ser-humano precisa
buscar o equilíbrio entre os medos e prazeres, de forma que o estágio de
tranquilidade e felicidade seja contínuo e duradouro.
E Enquanto os Céticos continuavam a buscar a verdade, se
mantendo afastados de todos os dogmas de forma equipolente, os Cínicos não
estavam nem aí e se mantinham independentes e desapegados de bens materiais
Bem, esses foram os principais pontos da Filosofia Grega
Antiga, que pudemos apresentar. Por hora daremos uma pausa em novos vídeos. Em
2021, voltaremos com novos temas.
Esperamos ter ajudado, entretido e divertido a todos que
viram nossos vídeos este ano.
Certamente não cercamos todos os detalhes e todos os grandes
nomes, mas certamente abordamos boa parte das principais ideias dos principais
filósofos da Grécia Antiga.
Feliz Natal e um próspero 2021.
Obrigado por nos assistir! SE MANTENHA PENSANTE! Valeu!
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