sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Três Grandes Questões da Humanidade: O Sentido da Existência Humana!

 

Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta semana, estaremos falando um pouco sobre o sentido da existência humana, segundo as principais correntes filosóficas que abordam o tema.


De onde viemos? Para onde vamos? Por que existimos?



Essas são algumas das questões que há séculos vêm sendo debatidas pelos maiores pensadores, intelectuais, cientistas e religiosos da história. Até hoje não chegamos a nenhuma conclusão.

O sentido da existência humana desperta tanto fascínio entre seus pesquisadores e entusiastas, quanto uma certa dose de desespero e vazio, naqueles que não acreditam que seja possível encontra-lo.

Questões existenciais foram introduzidas à filosofia ocidental, a medida em que o relacionamento social e político começou a ser tema de debate com mais destaque do que as questões naturais.

Um dos primeiros filósofos, entre os mais famosos a introduzir a temática existencialista foi Sócrates. Em sua linha de pensamento, o filósofo grego abordava o sentido da vida, da existência humana, o qual identificou como sendo a busca pela virtude.

Essa noção seria seguida por filósofos gregos de grande importância, inclusive pelos Cínicos, como Diógenes de Sinope, seguidor de Antístenes.

Os Epicuristas acreditavam que o ser humano deveria perseguir o prazer, representado como uma forma de virtude, na qual o homem se afasta das preocupações e dos medos e de forma equidistante dos excessos.

Já os Estoicos criam que a harmonia com a natureza seria o sentido da vida humana e neste conceito estaria a maior virtude.

Durante o período Medieval, o cristianismo prevaleceu sobre toda a Europa, seja pelo Catolicismo Romano, no Ocidente, seja pelo Catolicismo Ortodoxo, na metade oriental. Assim, pela fé cristã o ser humano existe para louvar a Deus e para servi-Lo em sua plenitude. Esta vida seria apenas uma preparação e uma espécie de “seleção” para que o ser humano chegue ao estado pleno e possa encontrar com Deus.

Com o fim da Idade Média e a influencio do Renascimento e da Reforma Protestante levaram os pensadores e filósofos ocidentais a focar em questões éticas, sociais e políticas. Porém René Descartes adentrou a questão existencial, abordando a própria noção de existência.

Embora não tenha se dedicado tanto à questão do sentido da existência sua obra foi fundamental para este debate, pelo menos no sentido em que busca uma confirmação racional para o próprio conceito do qual tratamos.

Para Descartes, se não podemos provar a nossa existência, pelo menos provamos que o pensamento existe. Esta conclusão é dada pelo argumento do “Cogito”, segundo a qual o filósofo afirma: “Penso, logo existo”!

Através desta lógica, Descartes entende que, mesmo que nada mais seja real, o pensamento existe, assim como o ser que pensa.

Após a revolução industrial e a consolidação do capitalismo e do materialismo sobre a sociedade, não só ocidental, mas de todo o mundo, questões existenciais mais profundas passaram a ser tema de elucubrações filosóficas. A temática extrapolou os limites da filosofia e se tornou assunto para as artes, o cinema, a literatura, a política, etc.

Durante o século XIX surge uma nova tendência na filosofia chamada de Existencialismo. Embora congregue autores e pensadores com características diversas e mesmo com pensamentos antagônicos, tornou-se habitual esta classificação para filósofos, escritores e roteiristas que levantassem questões e abordassem temas acerca da existência humana.

Inseridos em um mundo de constantes transformações onde as crenças tradicionais eram dia a pós dias desacreditadas por novas descobertas científicas e novas visões os existencialistas surgem em uma realidade banhada pela incerteza, onde a confusão e a desorientação se tornam mais comuns entre as pessoas normais, diante de um mundo aparentemente absurdo e sem sentido.

Essas sensações são em muito resultado tanto dos conflitos sociais de grandes proporções que se seguem após a Revolução Industrial, assim como uma maior interação entre diversas culturas, possibilitadas pelo avanço tecnológico, assim como a troca de informações, cada vez mais rápida.

Como recebemos uma informação negativa com um impacto duas vezes e meia maior do que a positiva, o pessimismo tomou conta da sociedade naturalmente.


Soren Kierkegaard é considerado o pai do existencialismo contemporâneo, iniciado no Século XIX. Oriundo de uma abastada família dinamarquesa, Kierkegaard nasceu em Copenhague, em 1813. Protestante radical, dedicou-se a escrever livros críticos quanto à religião. Para ele, só existimos por acreditar em algo e relaciona a fé com a identidade do indivíduo.

Friedrich Nietzsche foi também um filósofo muito influente, no tocante à temática existencial. Foi ferrenho crítico da Igreja Católica e defendia o louvor à vida. Para o filósofo alemão, provar a existência de um deus criador não era importante, até porque não seria possível para o homem. Chegou a afirmar “Deus está morto” e que toda a verdade é relativa.

Assim, Nietzsche seria o oposto de Descartes, uma vez que reduziria a existência ao nada, ao “Niilismo”! Não haveria, para ele qualquer sentido na existência. Então nada mais nos resta se não aproveitar a vida e chegar a vitória.

Martin Heidegger, que estudou a hermenêutica da filosofia e dos textos sagrados, também exerceu grande influência sobre o existencialismo contemporâneo, assim como Edmund Husserl, fundador da Fenomenologia, uma linha de pensamento que busca estudar filosoficamente os fenômenos em relação aos sentidos.

Jean Paul Sartre e Karl Jaspers foram outros filósofos importantes que se dedicaram ao tema.

Franz Kafka, Fiódor Dostoyevsky, Albert Camus e até Fernando Pessoa são alguns dos escritores que se enveredaram pelos caminhos da reflexão existencialista.

No cinema, nomes famosos como Jean Luc Godard, Akira Kurosawa e Ingmar Bergman tiveram muita repercussão, ao longo do século XX.

Para esses autores, a vida, o mundo são pautados pelo absurdo e não existiria de fato um sentido para a existência humana. Dessa forma, o significado da vida seria o que damos a ela.

Assim demos uma passada geral sobre o que os principais filósofos e escritores ocidentais sobre o sentido da existência humana.

No próximo vídeo, falaremos um pouco sobre a LIBERDADE!!!

Se não se inscreveu, se inscreva lá que vai chegar a informação quando o novo vídeo estiver disponível. Dá uma curtida no canal e aguarde as novidades.



Obrigado por nos assistir! SE MANTENHA PENSANTE! Valeu!

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário