sexta-feira, 20 de maio de 2022

Diálogos Platônicos: Íon – Sobre a Inspiração Poética

Platão, cujo nome verdadeiro era Arístocles foi um filósofo e matemático grego que nasceu por volta de 427 a.C. Ainda jovem se tornou discípulo de Sócrates, um pensador que vagava por Atenas conclamando os jovens à reflexão.



Sócrates nascera por volta de 469 a.C. e com cerca de 70 foi condenado a beber cicuta, um tipo de veneno. 

Após a condenação do mestre por perverter a juventude e sua sumária execução, Platão viajou por 12 anos e retornou à Atenas para fundar a sua escola, a Academia, à qual se dedicou até o fim de seus dias.

Platão escrevia prioritariamente através do diálogo! Em sua grande maioria, o personagem principal era seu mestre Sócrates.

Os diálogos da juventude de Platão são considerados mais fidedignos ao pensamento socrático, enquanto os do período de idade mais avançada traduzem mais o pensamento do próprio Platão!

O diálogo entre Sócrates e Íon sobre a inspiração poética, universalmente conhecido como Íon é classificado entre os trabalhos do período da juventude de Platão.

Neste episódio que retrata um pouco do dia a dia do mestre, Sócrates encontra um rapsodo, um recitador profissional de poesias, cujo nome é Íon.

Filósofo e rapsodo debatem então sobre o ofício deste e sobre a possibilidade de se apreciar ima obra literária, assim como o papel da inspiração, na crítica.

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Escrito provavelmente entre 398 e 391 a.C. o diálogo nos mostra um Íon que, além de declamar, recitar e cantar os versos dos poetas clássicos buscava também entender e praticar a crítica da poesia, explicando para seus interlocutores os sentidos das palavras escolhidas pelos poetas.

E, com base nessa particularidade que Sócrates se interpõe a Íon, considerando sua predileção por Homero. O filósofo afirma ao rapsodo que este deveria falar tão bem de outros poetas, como Hesíodo, além de Homero. 

Sendo assim, Sócrates conclui que Íon não exerce uma técnica, pois se o fizesse falaria tão bem das ideias de todos os poetas clássicos, mas ao fazer explicações melhores de seu poeta preferido age por inspiração divina não pela excelência de seu ofício. 

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Araújo Neto

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