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sexta-feira, 8 de abril de 2022

Se Mantenha Pensante!



O livre pensamento sempre sofreu perseguição do poder vigente, assim como das instituições religiosas, que geralmente eram associadas a este poder. 

Mas isso nunca impediu os pensadores e inovadores a seguir adiante, mesmo que tivessem que enfrentar punições terríveis. 

Assim como Sócrates fora condenado e não fugiu de seu destino, aceitando a pena de morte e bebeu o veneno derradeiro, foi também Thomas Morus enforcado e decapitado, após não aceitar os desmandos do rei Henrique VIII. 

Também Jesus Cristo foi perseguido pelos religiosos do seu tempo. Embora fossem líderes da sua própria religião, o Redentor tinha menos apreço por eles do que por pecadores assumidos. 

Também os iluministas liberais tiveram obras proibidas, mas conseguiram levar adiante seu projeto, através da Enciclopédia e disseminaram as novas visões liberais para o mundo e derrubaram o absolutismo que ainda vigorava na Europa. 

Assim, ainda hoje, os pensadores são perseguidos em todos os lugares por fanáticos religiosos e políticos corruptos. 

As redes sociais são palco notório dessa perseguição covarde. É desolador ver alguém tentando fazer o outro pensar enquanto este outro quer, ao contrário tirar o pensamento do debate, substituindo-o por predições e dogmas. 

Mas a função do pensador, do estudioso, daquele que se permite pensar e a buscar o conhecimento e a verdade é se manter pensante! É dar continuidade ao combate, pois o futuro pertence aos que fazem! 

Por isso, não se intimide! E se mantenha pensante!




sexta-feira, 17 de setembro de 2021

O Príncipe - Nicolau Maquiavel

Nada de romantismo e nem de ideologia. O livro que abordamos hoje traz essencialmente fundamentos das relações políticas entre as pessoas em sociedade e, principalmente, entre governantes e governados. 



"O Príncipe" foi a obra máxima do escritor italiano Nicolau Maquiavel. O autor dedicou seu escrito a Lourenço II de Médici, Duque de Urbino. 

Para alguns historiadores, Maquiavel seria um republicano, que via no ducado uma solução para a unificação da Itália, que só aconteceria de fato três séculos depois.

Neste tratado, o autor tenta demonstrar a natureza do relacionamento político apontando os meios como  o governante pode manter a sociedade em paz e prosperidade, sendo ao mesmo tempo amado e temido pelo povo. 

Porém, não se pode dizer que seja uma defesa do absolutismo crescente, na época em que fora escrito, em 1513. Ao contrário, o próprio escritor aponta que ao mesmo tempo em que em sina o soberano a governar, busca mostrar o caminho para o povo saber cobrá-lo. 

Este livro é considerado por muitos cientistas políticos, sociólogos, historiadores e filósofos como uma das mais completas e bem estruturadas teorias políticas da historia, sendo um dos primeiros da Europa pós-medieval.

A obra também é vista com um olhar um tanto tendencioso. Após sua publicação, o termo "maquiavélico" acaba sendo incorporado ao linguajar cotidiano, sendo associado à maldade, ao ardil, ao interesseiro, em virtude da clássica frase contida nele que diz "os fins justificam os meios". 

No entanto, Maquiavel defende uma visão material e objetiva e, pela afirmação defende que o monarca deve buscar de todas as formas para manter sua autoridade e essa visão tem como base as relações complicadas que existiam na região italiano, no início do século XVI.

Apesar de ser seu  maior trabalho, Maquiavel não colheu os frutos do seu sucesso. "O Príncipe" foi publicado postumamente, ou seja, após a morte de seu autor. 





Araújo Neto