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sexta-feira, 6 de maio de 2022

5 FUNÇÕES DO FILÓSOFO CONTEMPORÂNEO

Para que serve o filósofo hoje,  se já temos uma ciência desenvolvida e conhecimento da física, da química e da biologia comprovados ao ponto de manipularmos essas disciplinas e criarmos coisas práticas com elas? 



A filosofia ocidental é resultado da busca de uma explicação  racional da realidade, com base no pensamento crítico e na observação empírica. 

Entretanto, o termo filosofia segundo autores mais antigos teria vindo de Pitágoras, filósofo e matemático grego, que viveu no século VI a.C. Para ele, a filosofia seria o amor pelo saber, a busca pela sabedoria que só poderia ser experimenta pelo ser consciente, o ser-humano. 

Já o platonismo considera a filosofia como a investigação da realidade e das suas propriedades, forma abrangente e afastada da opinião irrefletida, do senso comum. 

No início, a principal reflexão levantada pelos filósofos na Grécia era sobre a metafísica. Como o mundo surgiu, de onde tudo veio e o que constitui a matéria eram as principais discussões do meio filosófico daquele tempo. 

Com o aparecimento de Sócrates (470 a 399 a.C.) a filosofia passou a adentrar o campo da ética, da moral, da política, do comportamento e da civilidade. Seu principal discípulo, Platão buscou conciliar tanto a reflexão metafísica com a cívica, além do estudo da matemática. 

Não podemos nos esquecer que o termo filosofia também é empregado para nos referirmos a pensadores orientais que, diferentemente dos gregos não se afastaram da religião, para esquematizar suas ideias, se assemelhando em certo grau aos filósofos medievais católicos, aos modernos protestantes e aos meso orientais, como Salomão, o sábio.

É necessário salientar que ao longo da história, os grandes pensadores foram, em geral pessoas importantes em seus contextos sociais. Não eram todos desabrigados e maltrapilhos, como muitos hoje tentam fazer parecer. 

Aristóteles foi conselheiro de Alexandre, o Grande e Marco Aurélio, Imperador romano era filósofo ele próprio. Thomas Morus foi chanceler. E muitos outros que tiveram cargos públicos ou um relacionamento próximo com seus governantes, ou mesmo foram líderes de movimentos revolucionários que alteraram significativamente a realidade social em que viviam.

Dessa forma, podemos compreender que o filósofo tem ainda uma grande importância na sociedade e não pode ser ignorada, apesar da pressão social pela descrença dos pensadores, como fazia o clássico "Jogo da Vida"! 

Este era um jogo de tabuleiro muito conhecido nos anos 80 e 90 no qual o vencedor virava milionário(ou magnata) e o perdedor ia morar no campo e viver como filósofo, dando claramente a impressão de que o filósofo era o retrato do fracasso social.

Ao contrário, toda sociedade, todo governo, todos os princípios econômicos têm suas filosofias intrínsecas e, obviamente um pensador (ou vários pensadores) por trás de todo o sistema. 

Sendo assim, consideramos que haja notadamente cinco funções práticas que devem ser assumidas por pensadores racionais e críticos:

1 - A Esquematização Sistemática do Pensamento.

Aqui, o filósofo é responsável pela organização da forma de explicação de mundo. Mesmo que a ciência empírica seja positiva, demonstrável e sendo assim explicada em si mesma, ela deve possuir uma organização sistematizada através da qual as razões sobre as quais as leis da ciência são formuladas possam ser apresentadas e explicadas àqueles que não são praticantes e/ou conhecedores das técnicas científicas aplicadas. 

2 - Convívio Social e Político.

Toda profissão tem seu código de ética e toda sociedade tem a sua moral social. É função do pensador buscar compreender os valores morais e éticos de uma sociedade e apresentar e explicar as razões que formam as leis cívicas e a doutrina política para a sociedade na qual está inserido. 

3 - A Sabedoria em si.

Neste ponto podemos aproximar o filósofo contemporâneo ao sábio bíblico Salomão. Neste caso, a sabedoria seria uma forma superior de discernimento usado para tomar as melhores decisões visando o bem maior para todos. Não se trataria de uma visão matemática ou cientificista, mas sim unindo conhecimento à bondade e até aproximando-se da religiosidade. 

4 - Transcendência Religiosa.



Nosso conhecimento das ciências físicas hoje é avançado, mas a metafísica ainda é campo para elucubrações. Ninguém conseguiu provar que Deus existe e nem que não existe. Obviamente, cada doutrina tem a sua explicação para o caso. O filósofo pode apresentar explicações intermediárias ou até lançar ideias diferentes e inovadores sobre essa questão.

5 Reflexão Para Transformação da Realidade Social, Moral, Material e Econômica.

A história não acabou. Nem todos estão plenamente satisfeitos com a sociedade em que vivem. Novas formas de organizações sociais podem ser apresentadas através da construção crítica de um sistema de pensamentos. É claro que os mais bem sucedidos vão tentar sempre forçar a todos a acreditarem que a sociedade em que eles são mais poderosos é a melhor para todo mundo. Cabe ao filósofo, o livre pensador a mostrar que isso nem sempre é a verdade. 

Enfim, o pensamento livre e crítico e a criação de sistemas organizados de pensamento fora do campo estritamente científico ainda possuem espaço para comportarem a figura do filósofo, o pensador independente, tanto da ciência quanto da religião. 

Eles não querem que pensemos. 

Mesmo assim, se mantenha pensante! 


Araújo Neto! 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

QUEM SÃO OS OUTROS?

Tendo concordado que a possibilidade de vida existir em outros lugares do Cosmo é matematicamente mais provável do que ela só exista em nosso planeta, temos que buscar agora refletir sobre a possibilidade de que haja vida inteligente em outras partes.



Ao longo do século XX fomos educados a crer que alienígenas inteligentes eram coisas de filmes de ficção científica ou de desenhos animados infantis. 

Porém, no anos mais recentes, a própria Agência Espacial Americana, a NASA vem dando pistas de que o que era mito pode estar muito mais perto da realidade do que imaginávamos. 

Em outubro do ano passado, o chefe da Agência Bill Nelson deu a seguinte declaração:

“Há até teorias de que podem haver outros universos. Se esse for o caso, quem sou eu para dizer que o planeta Terra é o único local com uma forma de vida civilizada e organizada como a nossa?”, questionou ele em entrevista ao Centro de Política da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. “Existem outros planetas Terra lá fora? Acho que sim, porque o universo é muito grande”, complementou.

A declaração foi sucedida das afirmações do próprio chefe da NASA  confirmando que pilotos da marinha têm relatado avistamento de Objetos Voadores Não Identificados, os OVINIS

"O que acha que estamos fazendo em Marte? Procurando vida. É parte da missão da NASA", concluiu.

Essas afirmações são sustentadas também pelas descobertas feitas nos satélites que orbitam o planeta Saturno, como Encédalus e Titan. Este pode contar água líquida no seu interior enquanto aquele já demonstrou possuir H2O líquido.  

A nova forma de pensamento da agência, que agora parece querer mostrar que é possível que exista vida inteligente em outros planetas, assim como parece querer mostrar que está investigando isso avidamente, assim como parece querer deixar passar a ideia de que eles podem estar entre nós.

Isso é um tanto intrigante, dado que a mesma NASA passou todo o século XX tentando negar ou esconder que o assunto sequer fosse abordado. 

Mas com a chegada do homem à Lua e a iminência da chegada à Marte, a lógica de que seres podem muito bem ir de um planeta a outro passou a ser senso comum, ao invés de mitos ou ideias malucas de hippies ou cientistas loucos. 

Entretanto, a assunção de que a agência investiga OVINIS se dá em um momento em que a nossa tecnologia é capaz de realizar feitos similares ao que poderíamos apontar como extraterrestres e assim simular uma visita de outro planeta. 

Porém, a capacidade de mimetismo do ser humano não pode se entrepor entre a lógica e a busca pela prova empírica. 

A grande questão a respeito da qual devemos refletir mais do que sobre a própria existência de seres vivos e até pensantes em outros lugares do Universo é qual seria a forma como lidaríamos com eles. 

Será que seriam benevolentes e viriam para nos ajudar? Ou será que seriam bestas cruéis e superinteligentes que destruiriam nossa espécie por mero prazer? 

Será que seriam como a maioria de nós e estejam sempre buscando seus interesses imediatos a qualquer custo?

E nós? Deveríamos buscar este encontro ou ele seria penoso para a humanidade?

Araújo Neto