Então chegamos à grande questão que a filosofia tem se debruçado há séculos: existe algo além do material?
Foi esta questão que incentivou os pré-socráticos a buscar uma resposta para as diferentes respostas acerca da criação do mundo e os fez criar o elemento primordial.
Afinal, se a resposta fosse simples, não seriam criadas tantas alternativas diferentes.
E foi exatamente pela falta de respostas, que Friedrich Nietzsche ressuscitou os Pré-Socráticos a fim de remontar as teorias que tratam do materialismo filosófico.
Este materialismo que ficou tão em voga no século XIX, e nos trouxe a dialética materialista de Karl Marx e o Positivismo de Auguste Comte, mas também elucidou a vontade de potência trazida por Nietzsche.
Afinal, se não existe a transcendência, para que nos serve o moralismo? Para que nos serve a religião e os bons costumes? A não ser para servir ao fraco de prisão do mais forte....?
Então, se algo existe para além da matéria serve para nos prender ou para nos libertar?
Bem, para Nietzsche nada existe para além deste mundo, orientado pelo caos. E o filósofo que busca compreender os valores se envereda contra a própria filosofia, pois desta forma busca algum amparo às suas ilusões metafísicas em detrimento do conhecimento verdadeiro.
Dessa forma, Nietzsche tenta nos mostrar que somos produtos do nosso tempo, históricos, datados, constantemente influenciados por nossas subjetividades.
Assim sendo, afirma que não existem regras universais e verdades absolutas, se afastando da modernidade que o antecede.
Desta forma, Nietzsche se afasta de qualquer forma de divindade, seja religiosa, seja científica, afinal, para ele a ordem científica também era um divindade, ainda que buscasse se afastar da religiosidade.
A única ordem no Universo é o caos absoluto....
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