Em meados do século VI a.C. a democracia eclodiu em Atenas, na antiga Grécia. Os ideias de igualdade e liberdade para os cidadãos da Pólis (cidade) elevou o nível intelectual dos participantes das assembleias, daquele tempo.
A democracia permitiu o desenvolvimento do livre pensamento e com isso, a filosofia pode prosperar desenvolvendo e se ramificando em várias escolas e correntes.
Entretanto, já nos finas do século V a.C. e início do século 4 a.C. os ideais democráticos estavam sendo, segundo os estudiosos, criando a chamada demagogia.
Os principais agentes dessa desvirtuação do conceito original forma os sofistas, mestres da retórica e da oratória.
Estes não acreditavam que existisse uma verdade absoluta que fosse compartilhada por todos os seres pensantes.
Dessa forma, usavam suas habilidades discursivas para conseguir melhores cargos e muito dinheiro, se beneficiando do desconhecimento.
Entretanto, um dos maiores filósofos daquele tempo se levantou contra esta prática e defendeu que a verdade estaria dentro do homem. Por causa de preconceitos e pelo uso de métodos incorretos, a verdade se afastara do homem.
Porém se afastando dessas obstruções, seria possível alcançar a verdade e, por conseguinte a virtude.
Este opositor se chamava Sócrates.
O pensamento e o método de Sócrates
O pensamento de Sócrates foi tão importante, que além de ter sido mestre de Platão diretamente (e indiretamente de Aristóteles) ele também influenciou bastante o estoicismo, o cinismo e o ceticismo, posterior.
A filosofia de Sócrates pode ser resumida pela epígrafe
escrita no templo de Apolo: “Conhece-te a ti mesmo”. Assim, ele buscava ajudar
o seu ouvinte a fazer uma auto reflexão , para entender a partir de suas
próprias ideais e conceitos o conhecimento que o levaria a encontrar a verdade.
Sócrates acreditava ser possível
chegar até a verdade, através da reflexão e do pensamento.
Era preciso, então derrubar esses obstáculos para se chegar ao verdadeiro conhecimento, ao qual chama de virtude. Por isso, ele também disse “Ninguém faz o mal voluntariamente”.
A concepção filosófica de Sócrates pode ser identificada como um método de análise conceitual.
A célebre questão socrática é identificada na sua questão “O que é..X?” encontrada em todos os seus diálogos.
É dessa forma que busca a definição de determinada coisa, geralmente uma
virtude ou qualidade moral.
O conhecimento liberta
Assim sendo, ao conhecermos a nós mesmos, ao descobrimos de
onde viemos, qual a nossa vocação, o que é correto e virtuoso, podemos
pavimenta a estrada em busca da felicidade e da plena realização.
Através do pensamento, o homem é capaz de criar, mas também
é capaz de destruir. Ao conhecermos nossos pensamentos, nossos sentimentos,
podemos guiar nossa vida para construirmos nossa realidade de forma positiva e virtuosa.
Porém, deixar de lado essa busca, deixar correr frouxo é o
primeiro passo para que tudo dê errado.
Araújo Neto