Mostrando postagens com marcador filósofos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador filósofos. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de julho de 2021

O que faz um filósofo?

No jornalismo, o profissional responsável pela redação de uma matéria, o redator deve responder a seis perguntas fundamentais, chamadas de Lead: o que? Quem? Quando? Onde? Como? Por que?




O filósofo, por sua vez tem uma função diferente. Ao invés de simplesmente responder ou até o inverso, contestar essas perguntas, a função do filósofo é questionar a razão das próprias perguntas. 

A razão de ser e de existir de todas as coisas, materiais e imateriais são temas sobre os quais o filósofo deve se debruçar e refletir. 

Para o senso comum basta que as perguntas sejam respondidas de forma razoavelmente convincente. Isso acontece até menos de forma menos racional e mais sentimental. Já para o filósofo, as respostas devem buscar o estrito racionalismo. 

Seu trabalho não termina no questionamento, mas se estende pelo significado, tanto lógico, quanto moral, quanto social, quanto psicológico do que se está questionando. 

Infelizmente, vivemos em uma sociedade que tem constantemente desmerecido a tarefa. Não por acaso, esta função sempre foi negligenciada pelos populares e mantida no interior dos palácios dos governantes. 

Historicamente, o filósofo esteve como conselheiro de grandes reis e imperadores e distante do popular, como podemos ver no caso da relação entre Aristóteles e Alexandre o Grande. De forma inversa vemos a história de Diógenes de Sinope e os Cínicos

Quando os filósofos se aproximam do povo, acabam se tornando ou se assemelhando a desabastados, mendigos, exilados e excluídos socialmente. Isso acontece porque o poder é muito ciumento. 

É preciso por fim, definir que o filósofo não é o falido, como tenta nos fazer crer aquele jogo de tabuleiro, cujo vencedor é o milionário e o perdedor vai para o campo, viver como filósofo. 

Muito menos é um jornalista frustrado que se torna astrólogo e depois de décadas de inutilidade se torna um agitador político anticientífico e terraplanista. 

Ao contrário, o filósofo não é o contestador da ciência, mas seu precursor. Só existe ciência hoje, porque no passado, os jônicos resolveram fazer filosofia. Assim, afastaram o pensamento do mito e da magia e proporcionaram a todos os que têm vontade a aprender como o mundo natural funciona. 

Muito Obrigado! 

Se Mantenha Pensante! 

Araújo Neto