Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta semana, estaremos falando um pouco sobre a Monarquia e o Imperialismo.
O governo de um só! Assim o termo
"Monarquia" foi definido por Aristóteles, na antiguidade. A Monarquia
é um dos sistemas de governo mais antigos tendo sido empregado desde o Antigo
Egito e até os dias de hoje é recorrente.
Uma monarquia pode ser absoluta,
na qual o monarca tem poderes absolutos e, além de governar, pode julgar os
cidadãos e tomar para si as leis. Também podemos verificar a existência de
Monarquias constitucionais, mais comuns em ambientes democráticos e
contemporâneos, na qual mesmo o rei deve se submeter a certas leis e seus atos
são limitados pela Constituição. É o caso das monarquias parlamentaristas
que têm grande influência do Contratualismo e se iniciou na Era Moderna a
partir dos escritos de Thomas Hobbes.
Há que se diferenciar também as
monarquias quanto à forma como o monarca chega ao poder, podendo ser de forma
hereditária (quando um rei morre assume seu herdeiro na linha de sucessão,
geralmente sanguínea) ou eletiva, que eleva ao poder um soberano eleito pelo
voto de um colegiado, como acontece no Vaticano e na Malásia.
A constitucionalização das
monarquias busca manter a liberdade do povo e suscitam valores democráticos uma
vez que tentam evitar que o regime descambe para a tirania, uma situação na
qual o monarca tome a lei para si e faça o que bem entender colocando em risco
a segurança e o bem estar do povo, ao mesmo tempo que corre o risco de
sedimentar insurreições.
Não podemos confundir o conceito
de Monarquia com o de autocracia, ou ditadura. Na ditadura, um grupo impõe seu
governo à força das armas ou de uma manobra constitucional, seja através de um
colegiado, ou de um ditador individual. Nela há apenas uma instância do poder
que reúne para si o executivo, o legislativo e o judiciário, como na monarquia
absolutista.
A grande diferença entre uma
ditadura e uma monarquia absolutista é que a primeira advém de um ambiente
republicano ou proto-republicano e deriva para a ditadura devido a
instabilidade política em um determinado país, ou Estado.
Na autocracia, o poder está nas
mãos de uma entidade apenas, seja um partido, um comitê ou mesmo um indivíduo
que governa sem que haja concordância da população.
Nesses casos, na autocracia, na
ditadura e na tirania, regimes chamados de totalitários, os governantes devem
dispor de poder para impor sua opressão ao povo. No caso do despotismo,
acontece algo similar, porém em geral se considera que o déspota age de forma
totalitária, sem regras pela fragilidade do povo em se autogovernar e exigir
uma contrapartida do governante.
O despotismo foi muito comum
nas monarquias absolutistas da Idade Moderna, na Europa. Os exageros dos
déspotas e seus maus tratos com seus respectivos povos é considerado por muitos
historiadores como o principal motivo para as revoluções que se abateram sobre
a Europa no final do século XVIII e início do Século XIX, provocando grandes
transformações no continente e nas suas colônias, o que gerou a hegemonização
do liberalismo burguês sobre o mundo.
Por fim é importante diferenciar
o reino do Império. Enquanto um reino é uma monarquia que exerce poder sobre
uma população delimitado em um território específico, podendo este ser um
Estado ou meramente um país assim dito Reino, principado, ducado ou condado, o
Império é um reino, ou mesmo um Estado ou uma república que domina um vasto
território composto por povos e nações diferentes.
Dessa forma podemos entender que,
mesmo aparentemente vivendo em um ocidente democrático o imperialismo pode sim
ser notado, uma vez que um país pode ter domínio sobre outros, seja militar ou
economicamente, mesmo que não seja anexado ao seu território.
Difere da colonização no sentido
em que a colônia é diretamente administrada pela metrópole que a coloniza,
enquanto no imperialismo um país ou reino domina o outro apenas cobrando
tributos ou cerceando a sua liberdade comercial, por exemplo. Pode assim,
existir diversas relações que podem ser consideradas imperialistas, ainda que
guardem diferenças práticas entre si, como uma comunidade internacional submetida
à autoridade de um monarca, ou um país com poder de intervenção militar sobre
outros.
O mais famoso império que
conhecemos foi o Império Romano, que nos deixou de herança os conceitos de leis
e as estratégias militares bem-sucedidas. Dentre outros Impérios famosos
na história podemos citar o Persa, o Austríaco, o Mongol, o Etíope, o Asteca, o
Egípcio, o Chinês, o Japonês, o Inca, o Britânico, o Napoleônico, o Russo, o
Otomano e até o Brasileiro. O Brasil foi considerado um Império, durante o
período monárquico, pois dominava diversos povos indígenas e terras divididas
com os colonos espanhóis, inclusive a tão
concorrida província Cisplatina, que hoje é o Uruguai.
Na próxima semana falaremos mais
a fundo sobre o Liberalismo.
Muito Obrigado!