sexta-feira, 30 de abril de 2021

Monarquia e o Imperialismo

 

Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta semana, estaremos falando um pouco sobre a Monarquia e o Imperialismo.

O governo de um só! Assim o termo "Monarquia" foi definido por Aristóteles, na antiguidade. A Monarquia é um dos sistemas de governo mais antigos tendo sido empregado desde o Antigo Egito e até os dias de hoje é recorrente.

Uma monarquia pode ser absoluta, na qual o monarca tem poderes absolutos e, além de governar, pode julgar os cidadãos e tomar para si as leis. Também podemos verificar a existência de Monarquias constitucionais, mais comuns em ambientes democráticos e contemporâneos, na qual mesmo o rei deve se submeter a certas leis e seus atos são limitados pela Constituição. É o caso das monarquias parlamentaristas que têm grande influência do Contratualismo e se iniciou na Era Moderna a partir dos escritos de Thomas Hobbes.

Há que se diferenciar também as monarquias quanto à forma como o monarca chega ao poder, podendo ser de forma hereditária (quando um rei morre assume seu herdeiro na linha de sucessão, geralmente sanguínea) ou eletiva, que eleva ao poder um soberano eleito pelo voto de um colegiado, como acontece no Vaticano e na Malásia. 

A constitucionalização das monarquias busca manter a liberdade do povo e suscitam valores democráticos uma vez que tentam evitar que o regime descambe para a tirania, uma situação na qual o monarca tome a lei para si e faça o que bem entender colocando em risco a segurança e o bem estar do povo, ao mesmo tempo que corre o risco de sedimentar insurreições. 

Não podemos confundir o conceito de Monarquia com o de autocracia, ou ditadura. Na ditadura, um grupo impõe seu governo à força das armas ou de uma manobra constitucional, seja através de um colegiado, ou de um ditador individual. Nela há apenas uma instância do poder que reúne para si o executivo, o legislativo e o judiciário, como na monarquia absolutista. 

A grande diferença entre uma ditadura e uma monarquia absolutista é que a primeira advém de um ambiente republicano ou proto-republicano e deriva para a ditadura devido a instabilidade política em um determinado país, ou Estado.



Na autocracia, o poder está nas mãos de uma entidade apenas, seja um partido, um comitê ou mesmo um indivíduo que governa sem que haja concordância da população. 

Nesses casos, na autocracia, na ditadura e na tirania, regimes chamados de totalitários, os governantes devem dispor de poder para impor sua opressão ao povo. No caso do despotismo, acontece algo similar, porém em geral se considera que o déspota age de forma totalitária, sem regras pela fragilidade do povo em se autogovernar e exigir uma contrapartida do governante.

O despotismo foi muito comum nas monarquias absolutistas da Idade Moderna, na Europa. Os exageros dos déspotas e seus maus tratos com seus respectivos povos é considerado por muitos historiadores como o principal motivo para as revoluções que se abateram sobre a Europa no final do século XVIII e início do Século XIX, provocando grandes transformações no continente e nas suas colônias, o que gerou a hegemonização do liberalismo burguês sobre o mundo.

Por fim é importante diferenciar o reino do Império. Enquanto um reino é uma monarquia que exerce poder sobre uma população delimitado em um território específico, podendo este ser um Estado ou meramente um país assim dito Reino, principado, ducado ou condado, o Império é um reino, ou mesmo um Estado ou uma república que domina um vasto território composto por povos e nações diferentes. 

Dessa forma podemos entender que, mesmo aparentemente vivendo em um ocidente democrático o imperialismo pode sim ser notado, uma vez que um país pode ter domínio sobre outros, seja militar ou economicamente, mesmo que não seja anexado ao seu território. 

Difere da colonização no sentido em que a colônia é diretamente administrada pela metrópole que a coloniza, enquanto no imperialismo um país ou reino domina o outro apenas cobrando tributos ou cerceando a sua liberdade comercial, por exemplo. Pode assim, existir diversas relações que podem ser consideradas imperialistas, ainda que guardem diferenças práticas entre si, como uma comunidade internacional submetida à autoridade de um monarca, ou um país com poder de intervenção militar sobre outros. 

O mais famoso império que conhecemos foi o Império Romano, que nos deixou de herança os conceitos de leis e as estratégias militares bem-sucedidas. Dentre outros Impérios famosos na história podemos citar o Persa, o Austríaco, o Mongol, o Etíope, o Asteca, o Egípcio, o Chinês, o Japonês, o Inca, o Britânico, o Napoleônico, o Russo, o Otomano e até o Brasileiro. O Brasil foi considerado um Império, durante o período monárquico, pois dominava diversos povos indígenas e terras divididas com os colonos espanhóis, inclusive a tão concorrida província Cisplatina, que hoje é o Uruguai. 

Na próxima semana falaremos mais a fundo sobre o Liberalismo.



Muito Obrigado!  

 

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