Já acreditamos que o Universo fosse infinito e eterno. Porém nossa visão e nossa crença sobre a origem e as características do nosso Universo mudaram ao longo dos tempos, com base nas pesquisas, observações e cálculos matemáticos, além da inseparável lógica.
Os cálculos atuais dos cosmólogos apontam que o Universo tenha cerca de 13,8 bilhões de anos de existência. Nesse longo período, além da formação de estrelas, planetas, galáxias o pudemos observar que há uma espécie de expansão do Cosmo.
No início, toda a massa do Universo se concentrava em um ponto ínfimo do espaço, o qual é chamado de "Singularidade", ou para alguns o "Átomo Primordial".
Na concepção cosmológica atual, o termo "singularidade" aponta uma região do Universo na qual as leis da física não podem ser observada, não funcionam como no resto do Espaço.
Dessa singularidade original, emergiu todo o Universo que conhecemos (e o que não conhecemos, mas sabemos que está lá).
Esse emersão é chamada de "Big-Bang" (O Grande Estrondo), que já foi chamada de explosão, mas hoje é reconhecida como um processo de macro expansão, no qual as grandes unidades celestiais, como galáxias vão se afastando uma das outras, dando continuidade ao que começou após a Singularidade Inicial.
Curioso é observar que, segundo os cosmólogos, essa expansão não funciona preenchendo espaços vazios com matéria, mas é ela quem cria espaços onde antes não havia nada.
Essa observação gera mais perguntas do que resposta, como " o que existia onde o espaço está sendo criado?" ou "qual a direção da expansão?" ou ainda "qual é o formato do Universo?"
Mas para nós, meros especuladores da razão e estudiosos da história do pensamento humano, a grande questão é acerca da lógica original que impulsionou o surgimento da ciência ocidental.
Depois de séculos especulando e observando a realidade, chegamos a um ponto em que podemos religar a ciência contemporânea com a questão original da filosofia.
Tales de Mileto é considerado como o primeiro filósofo racionalista da cultura ocidental. Nascido em 625 a.C. , em Mileto, na Jônia, Grécia, Tales propôs que tudo o que existia ao nosso redor teria vindo de um elemento primordial.
Seus discípulos, que formavam a "Escola Jônica" propuseram diferentes modelos e tipos de Elemento Primordial (Arché). Este elemento deveria estar presente em todas as coisas em todas as coisas.
Para Tales, este elemento seria a água. Para Heráclito, era o fogo. Para Demócrito, o átomo.
E aí chegamos a um ponto em que podemos aproximar a teoria da lógica original à ciência contemporânea. Aquele elemento original singular que tudo continha não seria o elemento primordial e que hoje está contido em tudo o que existe?
Nos resta continuar pesquisando buscando entender o que era esta singularidade e de que tudo é feito, já que nomeamos erroneamente particulares elementares constituintes de elementos como átomos e não conseguimos eliminar de vez a proposição inicial de Tales.
Mas já podemos estimar com alguma segurança, que tudo veio de um único ponto, onde tudo estava junto em um só lugar.
Observação: Singularidades ainda podem ser observadas no Universo. São os chamados "Buracos Negros", onde as leis da física não funcionam.
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