Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta semana, estaremos falando um pouco mais sobre o filósofo Platão, um dos mais influentes de todos os tempos.
Na última semana falamos um pouco sobre Platão, um dos
pilares da filosofia ocidental.
Todas as obras de Platão que eram conhecidas na antiguidade
foram preservadas, com exceção da palestra sobre o Bem,
a partir da qual houve um pós-escrito de Aristóteles,
que se encontra perdido.
Há também obras que foram distribuídas sob o nome de Platão,
mas possivelmente ou definitivamente não são genuínas; apesar disso, elas também
pertencem ao Corpus Platonicum (o conjunto das obras tradicionalmente
atribuídas a Platão), mesmo com sua falsidade sendo reconhecida ainda nos
tempos antigos.
Um total de 47 obras são reconhecidas por terem sido
escritas por Platão ou das quais ele foi tomado como autor. Dentre elas, as
mais importantes são provavelmente a “ República” e a “Apologia de Sócrates”.
Também podemos considerar “Crítias, ou a Atlântida” como muito referenciada na
contemporaneidade.
Para o pensador grego, a filosofia não deveria se bastar
apenas pelo seu caráter reflexivo, mas deveria buscar a ação para transformar o
mundo. E essa ideia não ficou no discurso.
Platão fundou em 387 a.C. a Academia, que seria sua escola
de pensamento. A academia platônica assemelhava-se a uma congregação religiosa,
consagrada a Apolo e
às musas.
Platão afirmava a existência de uma verdade suprema:
as ideias das
formas ideais, eternas, imutáveis e incorruptíveis, das quais se origina o
mundo sensível, tal como o percebemos, e que é sujeito ao devir, à corrupção e
à morte.
Com esse projeto filósofo influenciou o surgimento de uma
importante corrente de pensamento, o Platonismo. Este consiste na afirmação da
existência de objetos abstratos, que se assevera existirem em um terceiro reino
distinto tanto do mundo externo sensível quanto do mundo interno da consciência.
A filosofia plantonista consiste na ideia de abstração e se
utiliza da dialética para buscar o conhecimento.
Essa doutrina vai influenciar também o surgimento da
escolástica, um método de aprendizado e pensamento crítico ocidental que teve
origem nas escolas monásticas cristãs e fora muito utilizado nos idos do
ensinamento católico, durante boa parte da Idade Média.
O método consiste na busca da conciliação da Fé Cristã com o
Pensamento Racional e a Filosofia Grega, considerado um método
Aristotélico-Platônico.
Platão é também referenciado pela citação do continente
perdido de Atlântida (que em grego significaria “a Filha de Atlas”), uma lenda
muito conhecida desde a antiguidade, que o autor cita nos diálogos “Timeu” e
“Crítias”.
A ilha seria uma potência naval que conquistara parte da
Europa ocidental e o noroeste da África cerca de 9.600 anos a.C.. Ela ficaria
além das Colunas de Hércules (estreito de Gibraltar), no Oceano Atlântico.
Para muitos, Platão teria inventado a história, baseada em
eventos antigos como a erupção de Thera ou
a guerra de Troia, enquanto outros insistem que
ele teve inspiração em acontecimentos contemporâneos,
como a destruição de Helique em 373 a.C. ou
a fracassada invasão ateniense da Sicília em 415
a.C. – 413 a.C..
Porém, nos tempos atuais, muitos investigadores buscam
pistas da existência da ilha, baseados em correlações com mitos de outras
partes do mundo, como do Antigo Egito, dos povos ameríndios e das teorias sobre
antigos astronautas.
Seja uma versão de Utopia da antiguidade ou um relato
histórico, a Atlântida é uma lenda que tem sido muito influente tanto nas
ideias, quanto na literatura e no cinema contemporâneo.
Platão também fora mestre de um outro filósofo tão ou até
mais importante do que ele próprio: Aristóteles.
Na próxima semana, falaremos um pouco sobre Aristóteles, suas
obras mais importantes e as mais controversas.
Obrigado por nos assistir! SE MANTENHA PENSANTE! Valeu!