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Neste ano de 2021, vamos abordar o tema sobre a política e
as correntes de pensamento que mais impactam na atualidade.
Como surgiram? Quem as criou? Quais as suas deturpações?
Como se tornaram o que são hoje?
Essas e outras questões políticas, filosóficas, históricas e
científicas serão abordadas na série semanal de 2021, no nosso blog Semanário
do Pensamento e no nosso canal do YouTube.
Semanário do Pensamento: A Política 2021!!!
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Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta
semana, estaremos falando um pouco sobre a liberdade, segundo as principais
correntes filosóficas que abordam o tema.
Thomas Jefferson foi o terceiro presidente da história dos
Estados Unidos da América. Certamente foi um dos mais influentes dentre os
“pais fundadores” da então inovadora nação. Foi um dos principais autores da
Declaração da Independência dos EUA, em 1776. Nela se pode ler que todo homem
tem direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade.
Entretanto, este conceito parece até hoje ambíguo e difícil
de definição. Quantas pessoas vemos investir toda a sua vida, todo o seu tempo
e todos os seus esforços em buscar dinheiro e sucesso e, mesmo quando conseguem
acabam entrando em depressão, se envolvendo com drogas e desperdiçando tudo o
que juntaram com vícios vazios e atitudes impensadas?!
A felicidade para um não tem o mesmo sentido que para outro.
Se para alguns pode ser o ajunte de bens materiais, para outros pode ser
pertencer a um grupo, ou ter uma família, ou simplesmente ter o poder.
Quantas pessoas bem sucedidas estão insatisfeitas com a
vida. Quantos atletas não entram em depressão quando encerram suas carreiras e
vem o vazio que a aposentadoria deixou em suas vidas?!
Quantos não são os aposentados que se recusam a parar de
trabalhar, nas mais diversas funções e permanecem na ativa até o fim da vida?!
E os inteligentes que se veem solitário em um mundo no qual
a inteligência mediana fica tão aquém do razoável!
Como é difícil definir o que nos deixa feliz!
Se para a maioria das pessoas a felicidade é uma finalidade,
para monges zen-budistas como Thich Nhat Hanh a felicidade é o caminho pelo
qual se deve seguir para chegar até o objetivo, que no caso dos monges seria a
paz interior.
Zoroastro teria sido um profeta da antiga Pérsia que fundara
o Zoroastrimo, uma doutrina filosófico-religiosa praticamente monoteísta,
segundo a qual a vida seria a eterna luta do bem contra o mal. Segundo esta
religião, o deus do bem Aúra-Masda teria dito que a felicidade se encontraria
no “abrigo do fogo, dos animais ferozes, mulher, filhos e rebanhos de gado”.
Segundo Sócrates, a felicidade não seria apenas um estado de
espírito, mas consistiria em um bem da alma humana e só seria alcançado através
da prática da virtude.
Platão foi além do seu mestre e afirmou que a função da alma
é ser virtuosa e justa. Ao exercer a virtude e a justiça, o homem alcançaria a
felicidade.
Para Aristóteles, a felicidade é fruto das ações do ser
humano. Para o grego, era preciso cultivar os hábitos que levariam o homem a
encontrar a virtude e assim ser plenamente feliz.
Epicuro valorizava o prazer e afirmava que para ser feliz, o
ser-humano precisa buscar o equilíbrio entre os medos e prazeres, de forma que
o estágio de tranquilidade e felicidade seja contínuo e duradouro.
Para os estoicos A felicidade é na verdade a tranquilidade,
a ausência de preocupações que é alcançada pelo autocontrole, da austeridade e
da aceitação do curso dos acontecimentos. Este estágio seria dificílimo de se
alcançar, só conseguido pelo verdadeiro sábio. Porém deveria ser buscada
constantemente.
Os cínicos, por sua vez defendiam a “Autarkeia”, a Auto
Suficiência e a apatia, como formas de se alcançar a virtude e assim ser de
alguma forma feliz.
Para Nietzsche a felicidade residiria na força vital que o
indivíduo deve ter para superar os obstáculos que se lhe apresentarem.
Criticava a noção de felicidade comum, afirmando que estar bem por causas de
circunstâncias favoráveis e boa sorte não era realmente felicidade.
Arthur Schopenhauer disse que a felicidade tinha mais a ver
com o que temos na cabeça e não nos bolsos, enquanto Karl Marx acreditava que a
completa alteração das estruturas sociais e das condições de produção e
distribuição dos bens traria a felicidade para todos.
Por sua vez, Sigmund Freud, o pai da psicanálise considerava
se tratar de um ‘programa’ de buscar o prazer e evitar o desprazer, o qual não
era realizado por questões culturais e psíquicas.
Jeremy Bentham e John Stuart Mill criaram o utilitarismo,
uma doutrina filosófica que apregoava que as ações humanas se baseavam na busca
pela maior felicidade. Dessa forma os governos nacionais deveriam procurar
realizar a felicidade para o maior número possível de seus cidadãos.
Auguste Comte, criou o positivismo e propôs que a ciência e
a razão deveriam nortear a busca pela felicidade. Esta seria encontrada através
da prática do altruísmo e da solidariedade.
E você, com qual pensador se identificou mais? Deixe sua
resposta nos comentários e ajude o nosso canal a procurar novos temas
interessantes e que nos mantenham pensantes.
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¹CARVALHO, S. S. Os mestres da terra:
os místicos e líderes religiosos da humanidade. São Paulo. Hemus. pp.
57-60.
OBS: Pedimos desculpas pelo atraso de 8 dias, que ocorreu por problemas técnicos!
Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta
semana, estaremos falando um pouco sobre a liberdade, segundo as principais
correntes filosóficas que abordam o tema.
Nos tempos atuais o debate sobre a liberdade individual
ganhou notoriedade, seja nas redes sociais, nos programas televisivos ou mesmo
nas conversas do nosso dia a dia. Mas será que a noção de liberdade abraça os
mesmos conceitos nas diferentes visões sobre o assunto.
Decerto que ao avaliarmos algumas visões de juristas,
filósofos e sociólogos ao longo da história, vemos posições até opostas sobre o
conceito.
Uma máxima popular muito difundida é aquela que diz que a
liberdade de um termina quando começa a do outro. Esse entendimento está em
desuso na prática do cotidiano. O que vemos é cada vez mais os indivíduos
defenderem a sua suposta liberdade e a submissão da liberdade do outro.
Principalmente se o outro for de alguma forma mais fraco, seja fisicamente,
financeiramente, ou ainda que seja um veículo menor, trafegando na mesma
rodovia. Aí dele, se for pedestre...
Entre grandes filósofos da antiguidade, o termo já
despertava celeumas e interpretações bem diferente.
Sócrates acreditava que a liberdade consistiria na
capacidade do homem de dominar a si mesmo, seus sentimentos e seus pensamentos.
Esta dimensão do pensamento socrático é bem definida pela sua clássica frase:
“Conhece-te a ti mesmo”. A própria profissão de pensar, o ser pensador era um
exercício para homens livres. E Sócrates defendeu esta sua liberdade até o fim,
quando preferiu sofrer a execução à qual fora condenado, do que renegar a seus
pensamentos.
Já Platão considerava que a liberdade era a possibilidade de
o ser humano, enquanto racional decidir se viveria dentro da moral ou não. O
que acaba sendo parecido com a definição de seu discípulo mais importante,
Aristóteles. Este afirmara que a liberdade seria para o homem a capacidade de
escolher entre agir ou se omitir. Para ele, a Liberdade seria a possibilidade
de se decidir entre diversas possibilidades, sendo esta decisão um ato
voluntário, ou seja, proporcionado pela vontade do indivíduo.
Por fim, Epicuro atesta que a liberdade garante ao homem a
capacidade de buscar objetivos e metas e desviar-se das fatalidades do mundo.
Assim, o homem assume a postura de agente e não apenas de um ser passivo sobre
o qual recaem as vicissitudes naturais do mundo.
Já no medievalismo europeu a Igreja Católica estabelecera um
conceito próprio, segundo o qual seria livre o homem para seguir a Palavra de
Deus. Para Santo Agostinho, seria a definição de livre-arbítrio, uma dádiva
divina que permitiria ao homem escolher entre o bem e o mal.
Após o fim da Idade Média e com influência do Renascimento,
o pioneiro das ciências políticas na Europa, Nicolau Maquiavel concebeu a
definição de que a liberdade somente poderia ser alcançada por meio de um
equilíbrio entre forças conflitantes. Dessa forma propunha que os conflitos não
fossem anulados, mas regulados e racionalizados por meios de instituições.
Assim, Maquiavel defendeu o sistema republicano, para substituir a monarquia,
vigente na maioria dos países do Velho Continente, até então.
Baruch Spinoza considerava o conceito como um elemento na
identificação do ser. Assim, ser livre seria a possibilidade de agir conforme a
própria natureza constituinte do indivíduo.
Já os liberais começaram a discutir o conceito em relação à
política, ao Estado e à economia. Para Locke, o Estado era necessário para
criar leis que regulem o direito naturais dos indivíduos. Entre eles citava o
direito à propriedade. Chegou a afirmar que “onde não há lei, não há
liberdade”!
Jean Jacques Rousseau afirmou, porém, que a liberdade não
existe sem igualdade e que a democracia só se faz com a livre circulação de
ideias. Ele dizia que o homem nasce livre e bom. Assim como a criação das leis
seria um ato de liberdade e o povo é responsável por elas, através do contrato
social, da mesma forma que é livre quem faz a lei, o é também o que as obedece.
Enquanto isso, Kant definia a liberdade como a autonomia
para cumprir seus deveres, de acordo com as leis.
Para Arthur Schopenhauer o ser não é livre, em si. Todo o
agir humano é uma objetivação da “coisa-em-si” kantiana, identificada por
Schopenhauer como puramente vontade.
Karl Marx criticou a sociedade e as relações econômicas do
seu tempo, ao ponto que afirmara que a liberdade só aparece a partir do momento
em que são satisfeitas as necessidades. Assim o conceito se manifestaria a
partir da capacidade de alteração da realidade coletiva, à qual estariam os
indivíduos submetidos.
Contemporâneo e rival de Marx, no movimento operário do
século XIX, Mikhail Bakunin se baseava no conceito prático da realidade
simétrica dos ‘outros’. Acreditava ser livre o ser humano que pudesse se
desenvolver em sua plena capacidade, por meio da educação e do treinamento
científico e pela prosperidade material. Sendo assim, a liberdade é um conceito
social e só poderia se desenvolver em sociedade.
Já Friedrich Nietzsche considerava que o homem, para ser
livre, deveria superar a si mesmo. Desta forma, o livre deve praticar o
desapego e buscar o que o filósofo alemão considerava superior ao raciocínio:
as sensações, especialmente o prazer.
Jean Paul Sartre cunhou a frase: “estamos condenados a ser
livres”. Sartre foi um dos principais filósofos existencialistas de nosso
tempo. Para ele o homem é livre antes de mais nada, inclusive para ser livre.
Enfim, cada escola, cada tempo pode ter uma ideia própria
acerca do tema estudado. Mas em comum existe o apreço pela liberdade. Em
sociedade é preciso que saibamos respeitar a liberdade do outro.
Temos a certeza de que não esgotamos o assunto e não
abordamos todos as definições importantes. Mas certamente levantamos uma
questão crucial para os dias atuais.
Para encerrar, deixamos aqui a pergunta:
Sua liberdade de ir e vir é maior do que a do outro de
viver?
Na próxima semana, falaremos um pouco sobre a FELICIDADE!!!
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Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta
semana, estaremos falando um pouco sobre o sentido da existência humana,
segundo as principais correntes filosóficas que abordam o tema.
De onde viemos? Para onde vamos? Por que existimos?
Essas são algumas das questões que há séculos vêm sendo
debatidas pelos maiores pensadores, intelectuais, cientistas e religiosos da
história. Até hoje não chegamos a nenhuma conclusão.
O sentido da existência humana desperta tanto fascínio entre
seus pesquisadores e entusiastas, quanto uma certa dose de desespero e vazio,
naqueles que não acreditam que seja possível encontra-lo.
Questões existenciais foram introduzidas à filosofia
ocidental, a medida em que o relacionamento social e político começou a ser
tema de debate com mais destaque do que as questões naturais.
Um dos primeiros filósofos, entre os mais famosos a
introduzir a temática existencialista foi Sócrates. Em sua linha de pensamento,
o filósofo grego abordava o sentido da vida, da existência humana, o qual
identificou como sendo a busca pela virtude.
Essa noção seria seguida por filósofos gregos de grande
importância, inclusive pelos Cínicos, como Diógenes de Sinope, seguidor de
Antístenes.
Os Epicuristas acreditavam que o ser humano deveria
perseguir o prazer, representado como uma forma de virtude, na qual o homem se
afasta das preocupações e dos medos e de forma equidistante dos excessos.
Já os Estoicos criam que a harmonia com a natureza seria o
sentido da vida humana e neste conceito estaria a maior virtude.
Durante o período Medieval, o cristianismo prevaleceu sobre
toda a Europa, seja pelo Catolicismo Romano, no Ocidente, seja pelo Catolicismo
Ortodoxo, na metade oriental. Assim, pela fé cristã o ser humano existe para
louvar a Deus e para servi-Lo em sua plenitude. Esta vida seria apenas uma
preparação e uma espécie de “seleção” para que o ser humano chegue ao estado
pleno e possa encontrar com Deus.
Com o fim da Idade Média e a influencio do Renascimento e da
Reforma Protestante levaram os pensadores e filósofos ocidentais a focar em
questões éticas, sociais e políticas. Porém René Descartes adentrou a questão
existencial, abordando a própria noção de existência.
Embora não tenha se dedicado tanto à questão do sentido da
existência sua obra foi fundamental para este debate, pelo menos no sentido em
que busca uma confirmação racional para o próprio conceito do qual tratamos.
Para Descartes, se não podemos provar a nossa existência,
pelo menos provamos que o pensamento existe. Esta conclusão é dada pelo
argumento do “Cogito”, segundo a qual o filósofo afirma: “Penso, logo existo”!
Através desta lógica, Descartes entende que, mesmo que nada
mais seja real, o pensamento existe, assim como o ser que pensa.
Após a revolução industrial e a consolidação do capitalismo
e do materialismo sobre a sociedade, não só ocidental, mas de todo o mundo, questões
existenciais mais profundas passaram a ser tema de elucubrações filosóficas. A
temática extrapolou os limites da filosofia e se tornou assunto para as artes,
o cinema, a literatura, a política, etc.
Durante o século XIX surge uma nova tendência na filosofia
chamada de Existencialismo. Embora congregue autores e pensadores com
características diversas e mesmo com pensamentos antagônicos, tornou-se
habitual esta classificação para filósofos, escritores e roteiristas que
levantassem questões e abordassem temas acerca da existência humana.
Inseridos em um mundo de constantes transformações onde as
crenças tradicionais eram dia a pós dias desacreditadas por novas descobertas
científicas e novas visões os existencialistas surgem em uma realidade banhada
pela incerteza, onde a confusão e a desorientação se tornam mais comuns entre
as pessoas normais, diante de um mundo aparentemente absurdo e sem sentido.
Essas sensações são em muito resultado tanto dos conflitos
sociais de grandes proporções que se seguem após a Revolução Industrial, assim
como uma maior interação entre diversas culturas, possibilitadas pelo avanço
tecnológico, assim como a troca de informações, cada vez mais rápida.
Como recebemos uma informação negativa com um impacto duas
vezes e meia maior do que a positiva, o pessimismo tomou conta da sociedade
naturalmente.
Soren Kierkegaard é considerado o pai do existencialismo
contemporâneo, iniciado no Século XIX. Oriundo de uma abastada família
dinamarquesa, Kierkegaard nasceu em Copenhague, em 1813. Protestante radical,
dedicou-se a escrever livros críticos quanto à religião. Para ele, só existimos
por acreditar em algo e relaciona a fé com a identidade do indivíduo.
Friedrich Nietzsche foi também um filósofo muito influente,
no tocante à temática existencial. Foi ferrenho crítico da Igreja Católica e
defendia o louvor à vida. Para o filósofo alemão, provar a existência de um
deus criador não era importante, até porque não seria possível para o homem. Chegou
a afirmar “Deus está morto” e que toda a verdade é relativa.
Assim, Nietzsche seria o oposto de Descartes, uma vez que
reduziria a existência ao nada, ao “Niilismo”! Não haveria, para ele qualquer
sentido na existência. Então nada mais nos resta se não aproveitar a vida e
chegar a vitória.
Martin Heidegger, que estudou a hermenêutica da filosofia e
dos textos sagrados, também exerceu grande influência sobre o existencialismo
contemporâneo, assim como Edmund Husserl, fundador da Fenomenologia, uma linha
de pensamento que busca estudar filosoficamente os fenômenos em relação aos
sentidos.
Jean Paul Sartre e Karl Jaspers
foram outros filósofos importantes que se dedicaram ao tema.
Franz Kafka, Fiódor Dostoyevsky, Albert Camus e até Fernando
Pessoa são alguns dos escritores que se enveredaram pelos caminhos da reflexão
existencialista.
No cinema, nomes famosos como Jean Luc Godard, Akira
Kurosawa e Ingmar Bergman tiveram muita repercussão, ao longo do século XX.
Para esses autores, a vida, o mundo são pautados pelo
absurdo e não existiria de fato um sentido para a existência humana. Dessa
forma, o significado da vida seria o que damos a ela.
Assim demos uma passada geral sobre o que os principais
filósofos e escritores ocidentais sobre o sentido da existência humana.
No próximo vídeo, falaremos um pouco sobre a LIBERDADE!!!
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2021 começou sem grandes novidades e a nossa maior expectativa é a resolução do problema da pandemia.
Enquanto sobrevivemos, vamos pensando, refletindo, buscando respostas para questões fundamentais!
Separamos três questões sobre as quais abordaremos em nossas postagens neste primeiro mês do ano novo. Vamos comparar afirmações de alguns dos principais pensadores da história da filosofia.
As questões abordadas serão:
1 - O Sentido da Existência Humana
2 - A Liberdade
3 - A Felicidade e a Virtude
A partir do dia 15 de janeiro, falaremos sobre estas questões no nosso blog e no nosso canal do youtube:
Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta
semana, estaremos fazendo uma Retrospectiva da Filosofia Grega
Antiga.
Chegamos ao vigésimo e último vídeo da série sobre a
Filosofia Grega Antiga. Agora vamos lembrar da sequência cronológica dos
principais pensadores da antiguidade Grega.
1 – O surgimento do pensamento crítico:
Por volta do século VI a.C., mercadores do Mediterrâneo
oriundos de Mileto começam a usar o pensamento crítico e racional para explicar
o mundo e abandonam gradativamente o pensamento mítico e os dogmas religiosos.
Segundo Aristóteles, o iniciador desse movimento teria sido
Tales de Mileto, considerado o primeiro filósofo da Grécia. Ele fora também um
dos sete sábios da Grécia antiga, junto com Bias de Priena, Pítaco de Mitilene,
Sólon de Atenas, Cleóbulos de Lindos, Periandro de Corinto e Quílon de
Lacedemonia
2 – Os Filósofos Pré-Socráticos:
A iniciativa de Tales gera uma onda de reflexões críticas
posteriores. Muitos pensadores vão surgindo, aderindo ao pensamento crítico e
abandonando as explicações míticas. Os primeiros filósofos buscavam uma
explicação para o mundo natural e a realidade sensível.
Era comum que partissem do princípio do elemento primordial,
um elemento que teria sido a base para o surgimento de todas as coisas existentes
no Universo.
A partir de então surgem diferentes escolas com diferentes
explicações e diferentes elementos primordiais, como:
A escola Jônica, fundada por Tales que se caracteriza pelo
interesse pela natureza. Fizeram parte dessa linhagem Xenófanes de Colofon e
Heráclito de Éfeso.
A escola Italiana, dividida entre a Escola Pitagórica, de
Pitágoras e a Escola Eleática, de Parmênides e Zenão.
A segunda fase dos pré-socráticos nos apresentou Anaxágoras,
Empédocles e a Escola Atomista, de Leucipo e Demócrito, ambos de Abdera.
O período pré-socrático foi marcado tanto pelo atomismo,
quanto pelo embate entre o Monismo, capitaneado por Parmênides que dizia que
tudo era imutável e o Mobilismo, defendido por Heráclito que defendia a
continuidade do movimento e que tudo era mutável e constantemente se
modificava.
3 – Os Sofistas:
Com a passagem da oligarquia para a democracia surgiu e se
popularizou uma corrente de pensamento que, não se caracterizava enquanto uma
escola, mas que teve vários representantes: Os Sofistas.
Estes eram mestres da retórica e usavam seus conhecimentos
da língua e suas habilidades discursivas para adquirir muito poder e riqueza,
numa sociedade em que o debate e o discurso eram importantíssimos.
Eles não acreditavam na verdade, ou que a verdade não era
alcançável ao ser humano.
4 – Sócrates:
Pelas suas crenças e condutas, os Sofistas encontraram um
ferrenho adversário: Sócrates. No Século V a.C., o filosofo ateniense enveredou
vários embates marcantes contra seus adversários. Alguns deles forma
imortalizados por seus discípulos Platão e Xenofonte, que escreveram seus
diálogos.
Sócrates defendia a virtude e a ética e acabou condenado
pela elite ateniense e pelos sofistas por “corromper” a juventude e por negar
os deuses reconhecidos pelo Estado ateniense.
5 – Platão:
Extremamente contrariado com a condenação de seu mestre,
Platão iniciou a escrever seus diálogos logo após a execução de Sócrates, que
se deu em 399 a.C. Platão se tornou um dos maiores e mais influentes pensadores
de todos os tempos.
Além de aluno de Sócrates, seguiu também a Escola Pitagórica
e foi mestre de Aristóteles.
Suas ideias mais conhecidas são sobre o inatismo e o mundo
das ideias e sobre uma sociedade ideal e utópica descrita em “A República”, seu
livro mais famoso.
Começou retratando os diálogos socráticos com fidedignidade
e depois passou a usar Sócrates como personagem que vociferava as ideias do
próprio Platão.
Fundou a Academia e foi influente para o pensamento
monástico medieval e é referência até os dias atuais.
6 – Aristóteles:
Discípulo de Platão e conselheiro de Alexandre, o Grande,
Aristóteles foi um dos filósofos mais atuante e influentes da história.
Escreveu sobre muitos assuntos, do quais se destacaram a Política e a
Metafísica.
Defendia que o conhecimento surgia da experiência empírica,
baseada na observação dos objetos e da natureza para a concepção das ideias.
Fundou o Liceu, escola que teve muitos adeptos na Grécia
antiga.
7 – O Período Helenista
Quando Alexandre o Grande marchou pelo Mediterrâneo tornou
grande o Império helênico, o mundo grego se ampliou. Em consequência várias
escolas acabam surgindo ou crescendo em um período relativamente curto.
Além dos seguidores de Platão e Aristóteles, os Pitagóricos
também ganharam relevância, nesse período, com sua Geometria Sagrada e, assim
ajudaram a desenvolver a engenharia.
Já os Estoicos dividiam a filosofia em Física, Lógica e
Ética. Defendem que para atingir a plenitude da felicidade, é preciso se
afastar das paixões terrenas, das contrariedades e do desassossego.
Através da prática da apatia, da ataraxia, uma postura
impassível, do indivíduo que nada espera e nada teme, acreditavam que se
chegaria à virtude plena.
Além deles, os Epicuristas também buscavam a plena
felicidade, unindo os dois estados: aponia e ataraxia.
Epicuro afirmava que para ser feliz, o ser-humano precisa
buscar o equilíbrio entre os medos e prazeres, de forma que o estágio de
tranquilidade e felicidade seja contínuo e duradouro.
E Enquanto os Céticos continuavam a buscar a verdade, se
mantendo afastados de todos os dogmas de forma equipolente, os Cínicos não
estavam nem aí e se mantinham independentes e desapegados de bens materiais
Bem, esses foram os principais pontos da Filosofia Grega
Antiga, que pudemos apresentar. Por hora daremos uma pausa em novos vídeos. Em
2021, voltaremos com novos temas.
Esperamos ter ajudado, entretido e divertido a todos que
viram nossos vídeos este ano.
Certamente não cercamos todos os detalhes e todos os grandes
nomes, mas certamente abordamos boa parte das principais ideias dos principais
filósofos da Grécia Antiga.
Feliz Natal e um próspero 2021.
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Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta
semana, estaremos falando um pouco sobre – As Grandes Celeumas da Filosofia
Antiga.
Na semana passada dissemos que falaríamos das grandes
celeumas da filosofia da Grécia Antiga.
Do ponto de vista jurídico, “uma celeuma é uma
algazarra que se forma quando existe uma discórdia, uma dissonância de opiniões,
quando as ideias ou os pontos de vista são contrários, quando algum conceito ou
modo de ver se contradizem”, segundo o site significados.com.br.
O termo também é usado para se referir ao canto com o qual
barqueiros e marinheiros ritmavam seu trabalho.
Vamos adotar aqui o significado jurídico.
A filosofia surgiu quando marinheiros fenícios e gregos
abandonaram os dogmas religiosos e buscaram a razão e o pensamento crítico para
explicar a natureza e o mundo. Ao fazer isso, passaram a abolir os dogmas e
doutrinas de forma mais profunda.
Inclusive, acredita-se que Tales de Mileto estimulava seus
discípulos a discordarem de suas ideias e a buscar outras explicações
diferentes da sua. A perspectiva de que ninguém era dono da verdade se
radicalizaria, a partir de então.
E se hoje liberais e socialistas se engalfinham em redes
sociais e programas de televisão sobre os melhores caminhos para a economia dos
países, na antiguidade questões mais profundas e mais intelectualizadas foram
motivos de embates acalorados e geraram rivalidades entre algumas escolas de
pensamento.
A primeira grande dicotomia da antiguidade grega
provavelmente foi a disputa entre Mobilismo e Monismo.
O mobilismo fora defendido pelo filósofo Heráclito de Éfeso.
Seguindo a linha de Tales e buscando o elemento primordial que teria gerado
todo o Universo, Heráclito elegeu o fogo, para este fim.
O elemento foi muito apropriado para a sua explicação da
natureza. Para o filósofo de Éfeso, o movimento era o que caracterizava toda a
natureza. Tudo muda o tempo todo e nada fica estático. Para Heráclito, não há
unidade natural, no mundo, mas um conflito perpétuo.
Sua frase mais famosa é aquela na qual afirma: “Não podemos
banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque o rio não é mais o mesmo”!
Em contrapartida, Parmênides de Eleia, continuando as
teorias de Xenofante, seu professor, que dizia que a unidade sustentaria toda a
criação. Ao contrário de seus antecessores, Parmênides não defendia um conceito
de Arché, mas que todo o universo era mantido por uma unidade lógica. Sua
motivação inicial teria sido exatamente contestar a filosofia de Heráclito.
Na sua concepção o elemento que gerara o universo era o
“Ser”. Tudo o que existia possui o “Ser” em seu interior. Tudo o que existe é
dotado de essência e existe de forma infinita de maneira imóvel. Todo o erro e
a mentira são ilusões causadas pelos sentidos.
Sua Frase mais famosa é o fragmento: “o Ser é! O Não-Ser não
é”!
A segunda grande celeuma seria o embate entre Sócrates e os
Sofistas. A maioria das passagens de Sócrates que chegaram até nós são escritos
de seu pupilo Platão. Então podemos dizer que a Celeuma se trada dos Sofistas x
Sócrates/Platão, uma vez que o aluno usa a figura do mestre muitas vezes para
expressar suas próprias ideias e o faz em contradição aos Sofistas. A
contradição teria seguido até Aristóteles, discípulo de Platão.
Os sofistas não eram uma escola ou tinham uma linha de
pensamento. Trata-se de uma classificação geral que é empregada a pensadores e
juristas da Grécia, por volta dos séculos V e IV a.C.
Eram mestres do discurso e usavam seus conhecimentos da
linguagem e das palavras para convencer as pessoas contra seus adversários e
levar vantagem na incipiente democracia ateniense.
No geral, criam que a verdade não existia, ou que, caso
existisse, nós não seríamos capazes de compreendê-la e assimilá-la. Portanto,
agiam de maneira que a ética se dobrasse aos interesses do discursante. Usavam
seus conhecimentos para adquirir grandes fortunas.
Já Sócrates e seus sucessores defendiam exatamente o
contrário. Os socráticos acreditavam que a verdade existia, embora estivessem
abertos à outras interpretações diferentes das suas.
Defendiam também que a ética e a virtude deveriam balizar as
atitudes do homem, especialmente em sociedade. Ao contrário dos sofistas,
Sócrates defendia o desapego material.
Sócrates acreditava que o conhecimento da verdade estaria
dentro de cada indivíduo. Por isso usava seu método conhecido como “Maiêutica”,
ou “o parto de ideias”, para fazer com que o seu interlocutor chegasse ao
conhecimento verdadeiro, que estava dentro de si.
E essa questão levou ao terceiro grande embate da filosofia
antiga, que confrontava exatamente os seguidores de Platão e de Aristóteles.
Platão defendia o inatismo, ou seja, o ser humano nasce com
princípios racionais e com as ideias em nossa mente. Estas ideias viriam de um
mundo perfeito, o qual chama de “mundo das ideias”, no qual existiríamos antes
de nascermos.
Ao chegarmos no que chamou de “mundo sensível”, ou seja, o
nosso mundo real compartilhado por todos, precisamos “relembrar” as ideias
perfeitas, ainda que a tenhamos de forma imperfeita, aqui.
Já Aristóteles defendia que todo o conhecimento humano advém
da experiência e da observação racional, que é chamada de empirismo. É a partir
da observação dos objetos que são criadas as ideias, uma vez que o mundo
sensível era, para o filósofo o único mundo existente.
Durante o período helenista, muitas escolas de pensamento
coexistiram e suscitaram debates importantes. Algumas, como o Epicurismo e o
Platonismo se tornaram bases para antagonistas de períodos posteriores, como
durante o apogeu do Império Romano e na Idade Média.
Da mesma fora o Epicurismo foi resgatado para suplantar o
aristotelismo do final do período Medieval.
Mas grandes celeumas intensos e inovadores no interior da
filosofia só voltariam a gerar grandes debates, no Ocidente, após o Renascimento,
quando grandes pensadores como Descartes, Maquiavel, Kant e grandes iluministas
e contratualista puderam publicar suas obras sem o terror da teocracia da Europa
Medieval.
Na próxima Semana, faremos uma retrospectiva da Filosofia
Grega Antiga.
Obrigado por nos assistir! SE MANTENHA PENSANTE! Valeu!