Olá! Seja bem-vindo ao Semanário do Pensamento. Nesta semana, estaremos falando um Academia Platônica, o Platonismo e o Neoplatonismo.
Platão foi um dos filósofos mais influentes de todos os
tempos. Através de seus escritos e de outros atribuídos a ele conhecemos as
ideias de Sócrates e a lenda da Atlântida, por exemplo, além de ter apresentado
suas próprias ideias sobre a concepção do mundo e da ciência.
Mas Platão não simplesmente expressou suas ideias
aleatoriamente. Ele buscou criar uma comunidade de pensamento. Seu sucesso foi
tão grande que criou a sua própria escola: a Academia.
Esta teve continuidade pela Antiguidade e manteve a doutrina
de Platão pulsante por muito tempo, promovendo o surgimento de outros
pensadores importantes, como Aristóteles, por exemplo.
O filósofo grego teria criado a sua Academia aproximadamente
em 384/383 a.C. nos jardins localizados no subúrbio de Atenas.
Durante muito tempo, considerou-se a criação da Academia
fora para ser uma associação religiosa consagrada às Musas, dado que as leis do
Estado ateniense não contemplavam a possibilidade de um estabelecimento
semelhante ao que Platão queria construir, assim o filósofo escolhe a única
forma de abrir juridicamente e legalmente seu espaço: fez reconhecer sua
Academia como comunidade consagrada ao culto das Musas de Apolo.
A escola começou com encontros informais entre Platão, Teeteto, Arquitas de
Tarento, Leodamas de Tasos e Neóclides. Mais tarde Espeusípo, que sucedeu
Platão na direção da casa, se uniu a eles.
Embora não fosse aberta ao público em geral, a Academia não
cobra mensalidades ou similares a seus alunos.
Pelo menos durante o tempo de Platão, a escola não tinha qualquer doutrina especial para ensinar, em vez disso, Platão (e provavelmente outros associados dele) passavam problemas a serem estudados e resolvidos pelos outros Há evidências das aulas dadas, principalmente a palestra de Platão "Do Bem", mas, provavelmente, o uso de dialética era mais comum.
Alguns historiadores dizem que cerca de 700 anos após a
fundação da escola, acima da entrada para a Academia estava inscrita a frase
"Que ninguém exceto os geómetras entrem aqui".
A Academia ficou destruída, durante a Guerra Mitridática.
Embora a destruição tenha sido irremediável, as atividades que ela desempenhara
voltaram em outro lugar.
Filósofos continuaram a ensinar platonismo em Atenas durante a Era Romana, mas foi somente ao início do século V que uma Academia renovada foi estabelecida por alguns líderes neoplatônicos. As origens dos ensinamentos neoplatônicos em Atenas é incerta, mas quando Proclo chegou a Atenas no início dos anos 430, ele encontrou Plutarco de Atenas e seu colega Siriano ensinando naquela Academia.
Os Neoplatônicos em Atenas se autodenominavam
"sucessores" ("diádocos", mas de Platão) e apresentavam-se
como sendo a tradição ininterrupta desde Platão, mas não há nenhuma
continuidade entre estes e a Academia original, seja geográfica, institucional,
econômica ou pessoal.
A escola parece ter sido uma fundação privada, conduzida em
uma casa grande com Proclo eventualmente havendo-a herdado de Plutarco e
Siriano.
Os líderes da Academia Neoplatônica foram Plutarco de
Atenas, Siriano, Proclo, Marino, Isidoro e, finalmente, Damáscio.
A Academia Neoplatônica atingiu seu ápice sob a liderança de Proclo (que morreu
em 485).
O platonismo viria também a influenciar a escolástica
medieval e o pensamento monástico de boa parte da Idade Média.
No próximo vídeo, falaremos um pouco sobre o Liceu e o
Aristotelismo.
Obrigado por nos assistir! SE MANTENHA PENSANTE! Valeu!