sexta-feira, 21 de junho de 2024

PARTE DO UNIVERSO PODE FICAR FORA DO NOSSO ALCANCE PARA SEMPRE

Sócrates foi um filósofo grego que viveu em Atenas no Século IV a.C. e ficou conhecido por ter a noção de sua ignorância. Ele costumava a dizer a frase: "Só sei que nada sei", para expressar que o conhecimento era algo ao qual deveria se buscado de forma continuada. 

Na atualidade vivemos em um mundo com um avançado conhecimento das ciências naturais, o que nos possibilita ter acesso a tecnologias avançadas que respondem a muitas questões e nos auxiliam em diversos setores de nossa vida cotidiana.




Mas estamos longe de saber de tudo. O Universo é uma fronteira da qual estamos longe de ultrapassar.

Uma noção bem clara do nosso desconhecimento é que sabemos que há mais Universo do que podemos observar com toda a nossa tecnologia. Essa parte que conseguimos ver chamamos de Universo Observável.

Significa que há uma parte do Universo que sequer podemos ver, que é inobservável. E isso assusta, ao mesmo tempo que instiga.

Assusta porque, além de termos uma parte do Cosmo que sequer conhecemos, ela ainda está ficando distante de nós. 

Como o físico Edwin Hubble [1889-1953] descobriu, o Universo se expande e hoje temos a velocidade de 70 km/ segundo por megasperc (Brian Schimidt - Nobel de Física 2011). 

Isso pode significar que boa parte deste conhecimento escondido ficará fora de nosso alcance para sempre. 

Mesmo o que se conhece do Universo Observável é pouco, se comparado ao que se desconhece.

Apenas desta parte do Cosmo é 5% de matéria conhecida. 25% é constituído pela chamada "Matéria Escura" da qual os cientistas sabem muito pouco ou quase nada. 

Os outros 70% são de "Energia Escura", da qual os cientistas sabem menos ainda. 

Essa é a parte boa, pois ainda temos 95% de Universo Observável para estudar quase que a partir do zero e isto é um campo muito amplo para ser explorado nos próximos anos pelas ciências, pela arte e pela filosofia. 

Araújo Neto


segunda-feira, 31 de julho de 2023

Novo Renascimento

Em determinado momento, a Europa se encontrava sob as trevas da opressão e a ignorância era incentivada para a manutenção das estruturas socioeconômicas. 


A religião era uma máscara para a opulência do poder secular que escravizava toda uma sociedade de proporções continentais. 

Apesar de todo o poderio físico, psicológico e social da oligarquia medieval composta por nobres e pelos monges de alto escalão, pensadores independentes buscaram a liberdade e a criatividade e foram armados de pensamento crítico e do espírito desbravador para retomar as rédeas da própria razão!


Munidos da mais mordaz curiosidade e protegidos pela metodologia científica, esses bravos pensadores se permitiram pensar com suas próprias cabeças e, por conseguinte, redescobriram as ciências e as artes.

Como resultado, eles conseguiram tirar sua sociedade de um centenário atraso que tinham em relação às sociedades mais próximas, como a chinesa e a turca e redescobriram o Mundo. 

Com seus barcos, singraram os oceanos e dominaram todos os povos. 

Agora, quando todos os povos são apenas um, parecemos precisar de novos bravos pensadores, que desafiem as autoridades das inteligências artificiais e busquem desbravar um novo oceano, agora bloqueado pela bestialidade cotidiana do ser-humano contemporâneo. 

O sábio que nada sabe, mas que opina sobre tudo é o novo guardião das trevas, o monge medieval travestido de indivíduo contemporâneo, com sua função de julgar e condenar à fogueira qualquer um que ouse utilizar de um telescópio.



A ignorância do povo protege os poderosos, enquanto açoita o próprio povo. 

Precisamos de um novo renascimento, mas não da técnica, não apenas do saber, mas principalmente, da busca pelos porquês. 

De que vale toda a tecnologia e não existe motivação? 

De que vale toda a inteligência artificial disponível, se as pessoas que deveriam ser beneficiadas por ela buscam o fim de suas próprias existências por não encontrarem motivos e nem meios para persistirem?

Chegou a hora... passou da hora de renascermos enquanto sociedade, enquanto espécie, enquanto o mundo. Enquanto podemos ....

terça-feira, 18 de julho de 2023

Gosto se Discute, ou Não?

Volta e meia nos deparamos com situações que não estão previstas em cursos e manuais, que não são usuais e cotidianas. Essas circunstâncias, para as quais não temos macetes e posturas pré-estabelecidas nos colocam em uma situação na qual temos que decidir de forma ponderada, muitas das vezes sem a devida experiência e vivência para se ter uma segurança, uma firmeza sobre o que será decidido. 

Para momentos como estes, o senso comum, ou a forma convencional compartilhada pela maioria de uma sociedade, costumeiramente apresenta a solução a qual chamamos de "Bom Senso". Esta é uma sentença irmã da sentença do "Bom Gosto".

A verdade é que tanto o gosto, quanto o senso podem e variam de indivíduo para indivíduo e são diferentes em diferentes locais, em diferentes tempos e mesmo em diferentes grupos, de forma que é até mesmo complexo classificá-lo de forma qualitativa. 

A tomada de decisão baseada no senso pode levar diversas variáveis em consideração, aumentando a complexidade da reflexão do indivíduo. O equilíbrio, a sensatez, a razoabilidade são qualidades adquiridas com o tempo e podem sofrer alterações qualitativas à medida que o ambiente é alterado. 

Um exemplo claro é relativo a investimento em propaganda e escolha de mídia. Em qual momento, exatamente, o mais prudente deixou de ser investir em propaganda em um jornal impresso de grande circulação e passou a ser investir no portal de notícias da mesma empresa?

Essa noção de bom senso não é universal, nem ao longo do tempo e nem do espaço. Dessa forma, envolve um conjunto amplo e complexo de variáveis que são afetadas pelo ambiente, pelo histórico do indivíduo e por suas paixões. 

Outra questão envolvendo o senso é em relação à resposta do outro. O cerne do senso, em muitos casos seria exatamente este. Assim, a noção de senso se torna ainda mais complicada, já que devo entender o outro para considerar como boa ou má a minha atitude. 

Embora possa parecer óbvia em muitos casos, a decisão baseada no senso pode ser muito mais complicada à medida que o individualismo permite uma diferenciação ampla nas atitudes e nas recepções dos outros em relação ao comportamento de um indivíduo. 

A arte abstrata é uma prova da variação de aceitação individual no que diz respeito ao gosto!



Porém, o senso ainda busca seguir o estabelecido pela lógica. Mais complexo é o gosto. E é exatamente ele, o gosto que torna ainda mais complexa a análise do senso.

Existe, obviamente o gosto natural do ser humano, como existe  gosto comum, que é compartilhado pelos indivíduos. Existe também o gosto que ajuda a sociedade a prosperar e a continuar existindo, o que poderíamos considerar como o gosto ideal. E não podemos ignorar o gosto diferente e o gosto contraproducente.

O gosto comum, podemos classificar como padrão, aquele que é compartilhado pela sociedade, que é culturalmente aceito. Como o gosto do brasileiro pelo futebol. Existem brasileiros que não gostam de futebol, o que é normal, comum. Porém não é o padrão. O que não chega a poder classificar como um mau gosto. 

Podemos classificar um outro grupo de gosto como o Ético, ou aquele que promove o bem-estar para uma comunidade, ou ajuda a sociedade a progredir ou se manter viva. Este seria o ideal e se aproximaria a ser considerado, de fato o "Bom Gosto". Como exemplo para o "Gosto Ético" podemos citar o prazer em ajudar os outros, ou em fazer trabalhos voluntários ou até em jogar o lixo na lixeira. 

Na outra ponta, estaria o "Mau Gosto" , no qual poderíamos classificar aquilo que é do gosto de alguém, mas que prejudica a sociedade, como o gosto de ver outros sofrerem, o gosto por sujar as ruas, etc. 

De forma bem clara, podemos ver que existe a possibilidade de classificar um gosto como "Bom" e outro como "Mau". Porém, essa classificação em nada deve obedecer a padrões estéticos. Estes são individualizáveis e devem obedecer aos anseios do próprio indivíduo ou do grupo. 

A questão meramente estética se afasta da ética e se aproxima do padrão. Aqui, devemos também considerar a influência de classes dominantes e suas imposições estéticas. Assim, não há plausibilidade em classificar qualitativamente a estética, que varia em relação ao espaço e ao tempo. 

Se na África estampas coloridas satisfazem as tribos, no Japão roupas brancas nada chamativas são as preferidas. Não há melhor ou pior, nesse caso! São apenas tradições culturais que influenciam os gostos da comunidade e esses gostos sofrem considerável resistência a mudanças em termos coletivos, ainda que, individualmente possam oferecer a possibilidade ao indivíduo de fugir dos padrões sociais impostos. 




Por outro lado, questões com base na ética podem gerar mensurabilidade qualitativa. Desse modo, nesse ponto podemos falar em "Bom" e "Mau" gosto. Entendemos que isso não tem diretamente a ver com a moral, a qual é mãe do padrão e não da ética. 

Ao contrário da ética, a moral pode escamotear a imposição elitista e assumir a função muito mais estética do que ética (e muitas vezes assim procede).

Portanto, o conceito de "Bom" e "Mau" gosto devem ser norteados pela ética que cercam o gosto em si e não pela moral ou pela estética, uma vez que ambas costumam estar associadas. Se o "Mau" gosto pode ser identificado, por exemplo, em uma piada que agride e ofende gratuitamente um indivíduo ou um grupo (o que é notoriamente antiético) por outro, o "Bom" gosto deve ser o seu contrário (ou o que é ético) e não o similar ao gostar do mais caro, o que seria moral e baseado em uma estética de uma elite, que pode ser imposta por razões sociais e econômicas. 

Por fim, vamos encerrar com a afirmação de que o Bom Gosto é o gosto que atende às diretrizes éticas, enquanto o Mau Gosto é aquele que as agride. 

Alípio de Araújo Neto.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Filosofia não é Copywriting

Vejo que é muito comum as pessoas associarem o estudo da Filosofia com "viagens" mentais insanas, elucubrações abstratas vazia, niilismo absoluto e falta de sentido prático do pensamento. 

Muitas pessoas cotidianamente associam o sentido de Filosofia a um conjunto de preceitos de trabalho, o que até tem mais a ver, mas também não seria o sentido mais profundo que o termo pode significar. 

Mas aqui nos importa diferenciar o que é de fato a Filosofia, ou seja a busca da razão e das explicações através da reflexão crítica, racional e independente. 

Pensando desta forma, devermos afastar o que significa Filosofia, dos que defendem pseudociências sem reflexão severamente crítica ou os que atacam cientistas que fazem reflexão crítica e, inclusive autocrítica para formular explicações plausíveis e verificáveis acerca do mundo natural.



Não é porque a disciplina em questão se debruça sobre temas, que muitas das vezes são indemonstráveis ou inverificáveis, como a metafísica, por exemplo, que podemos considerar como ramos ou matéria dela quaisquer afirmações abstrata sobre a criação do universo e o modus operandi do cosmo. 

Atacar a ciência por puro desolamento intelectual, por solidão social ou por desilusão política não faz com que o autor dos ataques seja filósofo.

A Filosofia não é a pura abstração sem explicação, mas o contrário, é a abstração que busca a explicação racional e o conhecimento através da crítica construtiva. 

E por Crítica se entende a análise com base em critérios e não a sua ausência. 

Dessa maneira, é fácil notar que temos muitos falsos filósofos no nosso mundo contemporâneo. Aproveitadores e charlatães que fazem uso de técnicas de vendas vãs e banais e convencem alguns solitários desesperados a se unirem a sua luta quixotesca contra moinhos de ventos sociais. 



Os falsos intelectuais conquistam outros falsos intelectuais, em geral são apenas defensores de algum interesse material ou social evidente, se escondendo sobre o escudo da falsa metafísica e de uma abstração sem critério. 

Não deixemos nossas mentes serem trituradas nesses liquidificadores de interesses. Filosofia não é delírio e também não é copywriting.






sábado, 9 de julho de 2022

React é conteúdo?

O "react" é uma forma de gerar conteúdo, principalmente para vídeos, rápida e simples. Ela consiste em um apresentador, ou youtuber que assiste a um vídeo ou ouve uma música e expõe suas expressões e reações ao fazê-lo. 



Essa fórmula se popularizou na última década no youtube, principalmente. Isso se deve em grande parte ao fato de a plataforma restringir ou não permitir monetização para vídeos repetidos sem nenhum conteúdo adicional. 

Para tentar continuar recebendo algum pagamento da empresa sem precisar criar algo essencialmente novo, alguns "produtores de conteúdo" apelam para o modelo, uma vez que não precisariam estar criando nada e só expor publicamente algo que fazem no particular. 

O curioso é que muitas vezes, o vídeo reagido tem mais acessos do que o próprio vídeo original, o que em grande parte é devido pelo tamanho do "produtor" que reage.

Um dos grandes nomes dessa onda, Casimiro Miguel, ou apenas Casimiro, ou mesmo Casé afirmou que "muita gente quer apenas uma companhia para assistir a um vídeo", uma declaração que preocupa para o futuro da humanidade e faz crer ser real a visão mais distópica sobre a inserção da tecnologia na sociedade. 

Mas, ao menos para nós, a grande questão acerca da prática do react é se ela de fato agrega algum conteúdo ou é apenas uma forma esperta e malandreada de enganar os algoritmos do Youtube e outras plataformas de vídeo para gerar monetização (pagamentos) sem precisar se criar conteúdo de fato?

Sendo assim, o quanto pode ser considerado conteúdo novo e o quanto pode ser conteúdo repetitivo em uma produção de reação e, principalmente, até quando as plataformas vão tolerar este tipo de prática e continuar remunerando esses produtores?




Araújo Neto


sexta-feira, 1 de julho de 2022

Como Nasce a Moral

Em um terreno baldio, inabitado, um conjunto de indivíduos chega e aos poucos levanta algumas construções. A partir de certo ponto, tendo se fixado naquela região, o grupo cria regras específicas de acordo com seu modo de vida. 

Moradores de rua aguardam a realização do seu direito à propriedade.


Este modo de vida é orientado pelas condições de subsistência, as condições de produção e relações econômicas e comerciais do povo que se instala em um local específico. 

A partir do momento em que outros indivíduos busquem se instalar naquele local, deverão seguir a cartilha de conceitos e leis determinadas por aquele povo. 

Quando se pensa em sociedades primitivas, essa situação acima destacada parece-nos óbvia e ululante. Entretanto, ela também pode ser percebida nas relações sociais em comunidades e países contemporâneos e exclui inclusive indivíduos pertencentes ao mesmo contexto social.

Isso é notório tanto no ordenamento urbano de uma cidade quanto na distribuição fundiária do campo. O indivíduo que busca ascender por iniciativa própria tende a ter cada vez mais dificuldade em buscar um espaço, seja na busca por sua propriedade seja na instituição de um negócio. 

Ele estará sempre sujeito às vagas disponibilizadas pelos que chegaram primeiro ao lugar, ou herdaram suas vagas de antepassados. 

Ainda que muitos desses donos das vagas gritem que defendam a liberdade de iniciativa, mentem, pois defendem apenas a sua própria iniciativa e sempre se propõem a sacrificar as dos menos privilegiados. 

Dizem defender a propriedade, mas defendem apenas as suas próprias, ignorando solenemente o Artigo 17 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, que diz que todo ser humano teria direito à propriedade. 

Talvez por isso muitos deles odeiem tanto o termo "direitos humanos", pois querem os direitos apenas que lhes pertençam, afinal, humanidade pouco têm em seus corações. 

E é dessa elite pioneira é que nasce a moral e os tais "bons costumes" que não são outros se não os costumes daqueles que têm poder social em uma circunscrição geográfica.

Obviamente, nem sempre os pioneiros conseguem manter o seu poder por muito tempo. Mas este só troca de mãos a partir de uma ou várias crises de grandes proporções, sejam econômicas ou políticas.

Ou mesmo a partir de uma revolução organizada, que foi a forma como a elite econômica mundial atual chegou ao poder. E por isso, eles parecem tanto odiar o termo. Afinal, ele sabem o que faz as coisas mudar e, quem está no poder detesta mudanças.

Por fim, o poder econômico é tão determinante na vida das pessoas, aprisionadas por suas necessidades materiais, assim como vícios e fetiches muitas vezes desnecessários a ponto de que essas três coisas mantenham a mente das pessoas fixadas nesse ideal moral.

A ideia de ser rico, ou ser o mais rico é muito mais aceita moralmente por uma sociedade dominada por indivíduos ricos, do que a ideia de satisfazer ainda que minimamente as necessidades de todos os indivíduos, dentre os quais muitos são incapazes física ou mentalmente. 

Por isso mesmo, o livre pensador é Amoral! Ou seja, ele não vai nem contra ou a favor de uma moral. Apenas não liga para essa sandice! 

E Se Mantenha Pensante! 


Araújo Neto

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Diálogos Platônicos: Íon – Sobre a Inspiração Poética

Platão, cujo nome verdadeiro era Arístocles foi um filósofo e matemático grego que nasceu por volta de 427 a.C. Ainda jovem se tornou discípulo de Sócrates, um pensador que vagava por Atenas conclamando os jovens à reflexão.



Sócrates nascera por volta de 469 a.C. e com cerca de 70 foi condenado a beber cicuta, um tipo de veneno. 

Após a condenação do mestre por perverter a juventude e sua sumária execução, Platão viajou por 12 anos e retornou à Atenas para fundar a sua escola, a Academia, à qual se dedicou até o fim de seus dias.

Platão escrevia prioritariamente através do diálogo! Em sua grande maioria, o personagem principal era seu mestre Sócrates.

Os diálogos da juventude de Platão são considerados mais fidedignos ao pensamento socrático, enquanto os do período de idade mais avançada traduzem mais o pensamento do próprio Platão!

O diálogo entre Sócrates e Íon sobre a inspiração poética, universalmente conhecido como Íon é classificado entre os trabalhos do período da juventude de Platão.

Neste episódio que retrata um pouco do dia a dia do mestre, Sócrates encontra um rapsodo, um recitador profissional de poesias, cujo nome é Íon.

Filósofo e rapsodo debatem então sobre o ofício deste e sobre a possibilidade de se apreciar ima obra literária, assim como o papel da inspiração, na crítica.

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Escrito provavelmente entre 398 e 391 a.C. o diálogo nos mostra um Íon que, além de declamar, recitar e cantar os versos dos poetas clássicos buscava também entender e praticar a crítica da poesia, explicando para seus interlocutores os sentidos das palavras escolhidas pelos poetas.

E, com base nessa particularidade que Sócrates se interpõe a Íon, considerando sua predileção por Homero. O filósofo afirma ao rapsodo que este deveria falar tão bem de outros poetas, como Hesíodo, além de Homero. 

Sendo assim, Sócrates conclui que Íon não exerce uma técnica, pois se o fizesse falaria tão bem das ideias de todos os poetas clássicos, mas ao fazer explicações melhores de seu poeta preferido age por inspiração divina não pela excelência de seu ofício. 

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Araújo Neto